Depoimento de Witzel a investigadores é interrompido por decisão do presidente do STJ
O depoimento do governador Wilson Witzel aos procuradores e policiais que o investigam por corrupção teve de ser interrompido no meio na tarde da última sexta, dia 10. Enquanto o governador falava, o presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, atendeu a pedido da defesa e suspendeu o depoimento até que os advogados tenham acesso aos autos das investigações...
O depoimento do governador Wilson Witzel aos procuradores e policiais que o investigam por corrupção teve de ser interrompido no meio na tarde da última sexta, dia 10. Enquanto o governador falava, o presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, atendeu a pedido da defesa e suspendeu o depoimento até que os advogados tenham acesso aos autos das investigações.
Com a interrupção, a defesa do governador se recusou a assinar o termo de depoimento, que será anulado e descartado. Para efeitos processuais, será como se o governador nunca tivesse falado com os procuradores – uma nova data ainda não foi marcada, já que a defesa ainda não teve acesso ao inquérito.
Durante a oitiva, chegou a ocorrer uma discussão técnica sobre o que fazer diante da decisão de Noronha. Concluiu-se que Witzel poderia continuar depondo, se quisesse. Mas foi desaconselhado por seus advogados, segundo O Antagonista apurou, em respeito à decisão judicial que atendeu a pedido da defesa.
Witzel é acusado de corrupção em contratos na área da saúde no Rio. Seu ex-secretário de Saúde Edmar Santos, e outros integrantes da Secretaria, também são investigados por superfaturamento de compras de equipamentos para enfrentamento da pandemia de Covid-19.
A defesa do governador havia reclamado ao STJ porque o despacho que autorizou a busca e apreensão citava informações que não haviam sido apresentadas pelo MPF naquele processo.
Os advogados concluíram que os investigadores vinham usando dados coletados dos inquéritos sobre o esquema de Witzel que corre em primeira instância. E pediram ao STJ que junte tudo e lhes encaminhe cópia.
Enquanto isso, os depoimentos não poderão ser tomados, conforme determinou o presidente do STJ.
O relator do inquérito é o ministro Benedito Gonçalves, mas, durante o recesso, quem toma as decisões urgentes é o presidente do STJ.
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