STF envia à PGR pedido de abertura de inquérito contra Bolsonaro por fake news
Estão com a Procuradoria-Geral da República os autos de um pedido do senador Otto Alencar (PSD-BA) para abrir inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro por fake news. O relator é o ministro Gilmar Mendes...
Estão com a Procuradoria-Geral da República os autos de um pedido do senador Otto Alencar (PSD-BA) para abrir inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro por fake news. O relator é o ministro Gilmar Mendes.
No início de junho, o senador pediu que fosse investigado o envio de uma noticia falsa por Bolsonaro a Sergio Moro. Cópia da conversa foi parar nos autos do inquérito que investiga se Bolsonaro interferiu na Polícia Federal para favorecer seus filhos e aliados.
A mensagem era o encaminhamento de um link dizendo que Alencar e o filho dele, o deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), eram donos de uma empresa que foi contratada, sem licitação, para administrar o Hospital Espanhol, em Salvador.
Um trecho da mensagem encaminhada por Bolsonaro a Moro diz: “Dinheiro não é problema, nós temos 230 milhões para gastar com o covid! Vamos gastar! O Covid não vai acabar nuncaaaaaa!”
Quando a mensagem foi enviada por Bolsonaro a Moro, que na época era ministro, a informação já havia sido desmentida pela imprensa diversas vezes. A origem das mensagens, segundo o senador, são duas pessoas de Salvador que dispararam a informação pelo WhatsApp a diversos números.
Tudo isso já era de conhecimento de Bolsonaro, que encaminhou a mensagem a Moro mesmo assim, segundo Alencar.
Embora o encaminhamento tenha sido feito numa conversa privada, argumentou o senador no pedido ao STF, foi uma troca de mensagens entre o presidente da República e o ministro da Justiça, a quem a Polícia Federal está subordinada. A conversa poderia ter resultado num inquérito ou até numa campanha de difamação, disse Otto Alencar.
“Meu interesse é saber quem pagou pelo disparo”, disse o senador a O Antagonista. “Quero saber quem contratou uma plataforma, me parece que na Califórnia, nos Estados Unidos, para disparar essas mensagens contra mim e meu filho.”
Como a conversa entre Moro e Bolsonaro foi anexada ao inquérito sobre a interferência da PF, de relatoria do ministro Celso de Mello, a petição foi enviada a ele.
Celso entendeu que seria necessário analisar a abertura de um inquérito separado e enviou o caso para a distribuição. Gilmar Mendes foi o relator sorteado do pedido de abertura de inquérito.
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