O Antagonista apurou que o sorteio do novo relator da Lava Jato será feito com o mesmo sistema usado para distribuição de processos que chegam ao STF.

Trata-se de um software desenvolvimento pela Secretaria de Tecnologia da Informação da própria Corte. Esse modelo começou em 1990, na presidência de Néri da Silveira.

Não há, portanto, nenhum “supercomputador”, mas um programa que usa algoritimo para distribuir aleatoriamente os processos na Corte.

Ele usa alguns critérios de “compensações” para que, a longo prazo, todos os ministros recebam aproximadamente a mesma quantidade de processos.

Vale lembrar que, uma vez que o ministro for escolhido, ele receberá todos os demais processos relacionados pelo critério da prevenção – é o que ocorre com a Lava Jato, por exemplo.

Como noticiamos ontem, há suspeita sobre a inviolabilidade do sistema. Cármen Lúcia faria um bem à transparência se divulgasse o algoritimo ou permitisse uma auditoria externa.