Ex-secretário de Cristina que se tornou delator é encontrado morto
O militante kirchnerista Fabián Gutiérrez, ex-secretário pessoal de Cristina Kirchner, foi encontrado morto na cidade de El Calafate, no último sábado. Ele morreu de asfixia após ter sido enforcado, golpeado no crânio e apunhalado no pescoço, informa a Crusoé...
O militante kirchnerista Fabián Gutiérrez, ex-secretário pessoal de Cristina Kirchner, foi encontrado morto na cidade de El Calafate, no último sábado. Ele morreu de asfixia após ter sido enforcado, golpeado no crânio e apunhalado no pescoço, informa a Crusoé.
Gutiérrez foi preso em 2017 por lavagem de dinheiro e se tornou delator. O ex-secretário contou para a Justiça que Néstor e Cristina Kirchner recebiam sacos, possivelmente com dinheiro, e os guardavam em um lugar secreto na casa deles na Patagônia.
Para o jornalista argentino Jorge Lanata, do programa dominical Jornalismo para Todos, Gutiérrez foi morto por um grupo que buscava o “tesouro K”, dos Kirchner. Lanata chamou a atenção para o fato de que Gutiérrez, apesar de ter uma mansão avaliada em US$ 1 milhão, alugava outra casa na cidade. “Dá a impressão de que guardava alguma coisa”, disse.
No fim de semana, alguns políticos da coalizão opositora Juntos pela Mudança divulgaram um comunicado pedindo que a sobrinha de Cristina Kirchner, Natalia Mercado, não fosse a promotora do caso. Eles também pediram que a investigação fosse conduzida por autoridades federais, e não pelas da província, que é dominada pelos Kirchner.
“A Justiça da província já está tratando de instalar, sem prova alguma, uma hipótese sobre o motivo do assassinato”, diz o comunicado da oposição. “O juiz, a promotora e as forças policiais respondem ao poder político da província de Santa Cruz.”
A misteriosa morte de Gutiérrez não é a primeira a ter Cristina Kirchner como personagem oculta. Em janeiro de 2015, o então promotor federal Alberto Nisman foi encontrado morto em seu apartamento em Buenos Aires.
Nisman liderava as investigações sobre o atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994, quando 85 pessoas morreram e cerca de 300 ficaram feridas.
Semanas antes de morrer, o procurador denunciou a atual vice-presidente da Argentina — que na época governava o país — de ter encoberto o grupo iraniano suspeito de ter sido responsável pelo atentado. De acordo com Nisman, Cristina teria negociado a inocência dos suspeitos em troca de parcerias comerciais com o regime dos aiatolás.
Inicialmente, a morte de Nisman foi tratada como suicídio. Em 2017, uma nova perícia apontava que o procurador havia sido “agredido, drogado e assassinado”. O próprio Alberto Fernández, hoje presidente da Argentina e aliado de Cristina, disse duvidar que Nisman tivesse cometido suicídio.
Finalmente, em 2018, a Justiça argentina considerou que o procurador foi assassinado em função da denúncia contra Cristina.
O kirchnerismo parece ter agora mais um esqueleto no armário.
Atualização feita em 06/07/2020, às 15h25.
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