Os ‘encontros mais reservados’ na Faria Lima para discutir o esquemão do Rodoanel
José Serra, segundo a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, recebeu propina no esquemão tucano do Rodoanel, como noticiamos. A denúncia do MPF no estado, obtida por O Antagonista, detalha as negociações para que empreiteiras e agentes públicos ficassem felizes...
José Serra, segundo a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, recebeu propina no esquemão tucano do Rodoanel, como noticiamos.
A denúncia do MPF no estado, obtida por O Antagonista, detalha as negociações para que empreiteiras e agentes públicos ficassem felizes.
No começo de 2007, quando Serra era governador e o cartel do Rodoanel já estava ativo, Paulo Preto agiu para contornar a intenção do então chefe do Executivo de renegociar todos os contratos públicos firmados na administração anterior, o que mexeria nos contratos do Rodoanel Sul.
“As primeiras tratativas pertinentes a tal discussão ocorreram na sede da DERSA, ainda naquele ano, contando com a participação de representantes dos cinco consórcios vencedores da licitação do Rodoanel Sul. Mas, curiosamente, PAULO VIEIRA também pediu que, em paralelo, fossem realizados encontros mais reservados, em salas privadas no Hotel Blue Tree da Avenida Faria Lima, sendo que, em uma dessas ocasiões, o então Diretor da DERSA expôs que a Administração exigia uma redução linear de 4% nos valores originalmente pactuados para as obras do Rodoanel Sul.”
Tudo acabou sendo resolvido. Serra não apenas impôs, via decreto, a repactuação dos contratos, como também foi o responsável final pelo aditivo que veio a ser firmado.
A denúncia do MPF diz que Paulo Preto, porém, em uma das mencionadas reuniões na Faria Lima, pediu ao cartel, como contrapartida, valores que se destinariam, supostamente, a campanhas do PSDB.
“Na ocasião, PAULO VIEIRA colocou-se como interlocutor do governo. Ou seja, além da propina arrecada para si, PAULO VIEIRA era, também, um emissário de agentes políticos no Estado de São Paulo, chegando a ter dado evidências de que agia em nome de JOSÉ SERRA e subordinados seus, como ALOYSIO NUNES FERREIRA.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)