Cidadania quer CPI do Queiroz: “Congresso não pode fazer cara de paisagem”
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, anunciou hoje que o partido apoiará a criação de uma CPI mista -- com deputados e senadores -- para investigar o caso Fabrício Queiroz...
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, anunciou hoje que o partido apoiará a criação de uma CPI mista — com deputados e senadores — para investigar o caso Fabrício Queiroz.
Depois da prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, como noticiamos, parlamentares de partidos de esquerda e o tucano e ex-bolsonarista Alexandre Frota começaram a colher assinaturas para tentar criar a comissão.
“Isso coloca uma bomba no colo do Bolsonaro. Merece uma CPI do Congresso Nacional”, disse Freire a O Antagonista. “O Congresso não pode se omitir. Não pode fazer cara de paisagem.”
O presidente do Cidadania afirmou que a prisão de Queiroz, encontrado em um imóvel de Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, em Atibaia (SP), “não é um episódio qualquer” e respinga no presidente.
“É gravíssimo. Diante de tudo isso, é inadmissível que o poder político do país fique fazendo cara de bobo, como se não tivesse nada a ver com isso”, critica Freire. “O Congresso não é como o STF, que só age se for provocado. O Congresso pode e deve tomar a iniciativa. [A CPI] Pode abrir caminho, inclusive, para um impeachment mais adiante.”
Mais cedo, em entrevista coletiva, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, desconversou ao ser perguntado sobre a CPI do Queiroz. “Não tem nem as assinaturas ainda. Vamos aguardar”, disse o deputado.
Para que a CPMI seja aberta, são necessárias 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.
Queiroz continua preso em Bangu. Ele é investigado pelo suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, ainda quando o atual senador e filho 01 de Jair Bolsonaro era deputado estadual no Rio.
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