A prisão de Fabrício Queiroz na casa de Frederick Wassef levou os promotores do caso a suspeitar da montagem de uma estratégia conjunta de defesa do operador financeiro e o senador Flávio Bolsonaro.

Eles dizem que, enquanto bancava a proteção (e o silêncio) de Queiroz, o advogado de Flávio Bolsonaro tentava travar as investigações.

O recurso mais famoso foi a suspensão de todas as investigações do país baseadas em relatórios do Coaf, numa polêmica liminar de Dias Toffoli que depois foi derrubada em plenário.

Como mostramos ontem, o MP obteve mensagens que mostram a preocupação de Queiroz com o julgamento do Supremo, condicionando a derrota na Corte à necessidade de se esconder em São Paulo.

O MP também suspeita que Wassef guarde relação com o tratamento do câncer de Queiroz no Albert Einstein, que tem em seu Conselho Deliberativo Henri Armand Szlezynger, pai de Leo Edward Szlezynger, ex-sócio de Wassef.

Quando Jair Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo, ele também foi tratado no Einstein.

Como registramos mais cedo, a Operação Anjo apreendeu ontem na casa de Márcia Aguiar, mulher de Queiroz que está foragida, uma caderneta com anotações sobre dinheiro recebido para o pagamento de despesas hospitalares.