Ministério Público junto ao TCU quer investigar Bolsonaro por superfaturamento na cloroquina
O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, pediu ao órgão investigação sobre suposto superfaturamento na compra, pelo Exército, de insumos da Índia para fabricação da cloroquina...
O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, pediu ao órgão investigação sobre suposto superfaturamento na compra, pelo Exército, de insumos da Índia para fabricação da cloroquina.
O objetivo é apurar a participação de Jair Bolsonaro no caso, não dos oficiais que assinaram a compra.
Em maio, o governo comprou 500 quilos de sal difosfato e pagou quase seis vezes o valor que havia sido desembolsado no ano passado pelo quilo, que passou de R$ 219,98 pra R$ 1.304.
“Embora o possível aumento do custo dos insumos, do transporte e do dólar possa ter influenciado o aumento do preço, ainda assim adquirir o produto por um valor seis vezes maior numa compra sem licitação, a meu ver, representa um forte indício de eventual superfaturamento, situação que merece ser devidamente apurada pelo controle externo da administração pública”, escreveu Lucas Furtado no pedido de investigação.
Ele destacou que o Exército aumentou a produção de cloroquina em 84 vezes nos últimos meses, em comparação ao mesmo período nos anos de 2017 a 2010, contrariando estudos científicos que demonstram a ineficácia do medicamento no tratamento da Covid-19.
“No caso da fabricação em massa de medicamento que não se comprova eficaz para o tratamento da Covid-19, resulta num desperdício de recursos públicos que deve ser devidamente apurado e os responsáveis penalizados na forma da lei, especialmente se há suspeitas de superfaturamento na aquisição de insumos”, diz o subprocurador.
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