O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, tenta trancar na Justiça ação de impropriedade administrativa em que é acusado de usar o mandato de deputado federal para beneficiar a Ulbra, uma universidade privada.

O caso é da década passada. Padilha, lembra reportagem da Folha deste fim de semana, recebeu da Ulbra quase 4 milhões de reais (sete milhões em valores de hoje) por serviços de consultoria. O dinheiro foi repassado a duas empresas do ministro, Rubi e Fonte. Uma auditoria na instituição de ensino não localizou documentos relativos à prestação de serviço.

A Ulbra tentava reaver um certificado de filantropia junto ao governo federal que lhe garantia isenção de impostos. Padilha entrou no circuito.

O auxiliar de Michel Temer argumenta que o Ministério Público Federal, autor da ação de improbidade administrativa, não tem competência para tocar o processo, por não envolver a União.