Considerada um ponto central no processo de impeachment de Donald Trump – derrubado pelo Senado americano no início deste ano -, a investigação aberta na Ucrânia sobre Hunter Biden, filho de Joe Biden, não encontrou evidências de que ele tenha cometido crimes no país.

É o que afirmou à Reuters o ex-procurador-geral ucraniano, Ruslan Ryaboshapka.

Segundo ele, a investigação começou em outubro do ano passado, em meio às informações de que Trump teria pressionado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, a impulsionar a apuração de eventuais ilegalidades praticadas pelo filho de Biden – adversário do republicano nas eleições dos EUA, marcadas para novembro.

Hunter entrou para o Conselho de Administração da empresa de gás Burisma em 2014. Segundo as autoridades ucranianas, a companhia foi investigada no período entre 2010 e 2012.

“Eu pedi aos promotores para que analisassem com cuidado as informações sobre o alegado envolvimento de Biden [em irregularidades]. Eles me responderam que não havia nada que sinalizasse nesse sentido”, afirmou Ryaboshapka.

Em outubro do ano passado, em entrevista à ABC News, Hunter admitiu que ter assumido um cargo na Burisma foi um erro – mas negou que tenha cometido qualquer crime.

“Eu cometi um erro? Talvez, no cenário geral. Mas cometi um erro em algum sentido ético? Não, absolutamente. […] Dei a oportunidade para que pessoas imorais agissem para tentar machucar a mim e ao meu pai. Este foi o meu erro e, por isso, reconheço minha responsabilidade. Fiz algo inapropriado? Não, em nenhum momento, de nenhuma maneira.”