Um dia depois de a Comissão de Ética Pública da Presidência determinar uma quarentena remunerada a Luiz Henrique Mandetta — que o impede de exercer qualquer atividade no setor privado pelos próximos seis meses –, o ex-ministro da Saúde se disse “perplexo” com a decisão.

“Estou abismado, perplexo. Não consigo entender o motivo de impor quarentena a um ex-ministro da Saúde no meio de uma epidemia como a que estamos enfrentando”, afirmou Mandetta à Veja.

“Eu até entenderia se houvesse algum conflito de interesse entre um novo trabalho e o Ministério da Saúde, mas meu caso é diferente de um presidente de Banco Central, por exemplo, que detém informações privilegiadas que precisam ser resguardadas”, criticou o ex-ministro.

“Neste momento de pandemia, as pessoas estão em busca de informações para que possam reabrir seus negócios com segurança, e eu, modéstia à parte, estudei esse assunto intensamente durante 120 dias.”

Como noticiamos ontem, Mandetta continuará recebendo, durante esse período, o salário que tinha como ministro da Saúde, de cerca de R$ 31 mil.