Boa parte dos tropeços de Rodrigo Janot — se não todos — foram movidos por sua determinação em manter o seu grupo à frente da PGR.

Depois do impeachment de Dilma Rousseff, ele passou a apostar em José Bonifácio Borges de Andrada, atual vice-procurador-geral da República, ligado a Aécio Neves, para sucedê-lo.

Borges de Andrada, contudo, está na mira da AGU. A Advocacia Geral-da União quer retomar uma investigação sobre um parecer que Borges de Andrada teria dado para beneficiar uma entidade quando ele prestava consultoria à Previdência, em 1998. Segundo a Época, “A apuração interna viu o convênio (com a tal entidade), de 7,2 milhões de reais (23 milhões de reais atualizados), como forma de driblar uma licitação para contratar empresas de informática”.

A sucessão de Janot já pega fogo.