General exonerado após decretos sobre rastreamento de armas diz que buscou “segurança social”
O general de Brigada do Exército Eugênio Pacelli Vieira Mota, responsável pelas portarias revogadas por Jair Bolsonaro que definiam regras para o rastreamento de armas e munições, afirmou que tinha como norte a preocupação com a segurança nacional -- e não com "interesses pontuais"...
O general de Brigada do Exército Eugênio Pacelli Vieira Mota, responsável pelas portarias revogadas por Jair Bolsonaro que definiam regras para o rastreamento de armas e munições, afirmou que tinha como norte a preocupação com a segurança nacional — e não com “interesses pontuais”.
Pacelli, que deixou o cargo de diretor de fiscalização de produtos controlados uma semana depois da publicação das portarias, encaminhou uma carta aos seus colegas na qual trata do episódio.
“Desculpe-me se por vezes não os atendi em interesses pontuais… Não podia e não podemos: nosso maior compromisso será sempre com a tranquilidade da segurança social e capacidade de mobilização da indústria nacional”, justificou o general, referindo-se à pressão de empresários do setor armamentista.
No texto, Pacelli fala em “conquistas” obtidas durante sua gestão no rastreamento de armamentos. “Foram quatro importantes decretos presidenciais a serem normatizados”, destaca.
Ao Estadão, o Centro de Comunicação Social do Exército afirmou que a exoneração do general não se deu por qualquer pressão política do Planalto. Segundo o órgão, a troca é uma “atividade de rotina”.
Como mostramos, as portarias criavam o Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados pelo Exército, que deveria rastrear os Produtos Controlados pelo Exército (PCE), como armas, munições e explosivos.
Bolsonaro mandou revogar as portarias por elas não se adequarem às suas “diretrizes definidas em decretos”.
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