A ILHA DE MORO
A demissão de Mauricio Valeixo é um atentado flagrante à autonomia da PF. Diz a Crusoé: “Nas últimas semanas, apostando que a atenção à pandemia de coronavírus permitiria fazer a troca sem grandes ruídos, Jair Bolsonaro voltou à carga...
A demissão de Mauricio Valeixo é um atentado flagrante à autonomia da PF.
Diz a Crusoé:
“Nas últimas semanas, apostando que a atenção à pandemia de coronavírus permitiria fazer a troca sem grandes ruídos, Jair Bolsonaro voltou à carga.
Contribuíram para a decisão informes de que a PF estaria avançando sobre os batalhões bolsonaristas que agem nas profundezas da internet atacando, com armas de diferentes calibres, quem critica o presidente.
Em paralelo, Bolsonaro foi informado de que a direção da polícia não vinha se mostrando muito disposta a seguir pistas encaminhadas pelo próprio Planalto sobre supostos desvios de recursos em contratos firmados pelos governos do Rio e de São Paulo – comandados por Wilson Witzel e João Doria, seus inimigos.
Uma dessas pistas envolvia uma organização não-governamental representada por um lobista que estaria exercendo influência sobre as contratações fluminenses e paulistas.
A PF entendeu que o Palácio estava encomendando investigações com interesse político, e reagiu mal à orientação. Foi o bastante para Jair Bolsonaro reavivar o discurso de que a corporação, sob Moro, se transformou numa ilha autônoma, dissociada do governo – leitura que, por sinal, ele faz do ministério de Moro como um todo.”
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