As escolhas jornalísticas do SBT
O SBT, em junho do ano passado, substituiu o "SBT Notícias", jornal de quatro horas de duração que era exibido nas madrugadas, por Otávio Mesquita, reprises e duas horas de "Primeiro Impacto", programa que até outro dia abrigava Marcão do Povo, apresentador que sugeriu campos de concentração a infectados por coronavírus...
O SBT, em junho do ano passado, substituiu o “SBT Notícias”, jornal de quatro horas de duração que era exibido nas madrugadas, por Otávio Mesquita, reprises e duas horas de “Primeiro Impacto”, programa que até outro dia abrigava Marcão do Povo, apresentador que sugeriu campos de concentração a infectados por coronavírus.
Antes da troca o SBT disputava décimo a décimo a liderança com a Globo. O “SBT Notícias” atingia médias de até 5 pontos e passava dos 30% de share em alguns dias. A entrada do “Primeiro Impacto” reverteu drasticamente o quadro. Ontem, por exemplo, o ibope das 4h às 6h ficou em 2,1 pontos, contra 0,7 da Band e 5,1 da líder.
A bobeada do SBT e a demanda por jornalismo gerada pela pandemia ajudaram a Record a retornar à briga pela vice-liderança na Grande São Paulo. Já são duas vitórias nas duas últimas segundas-feiras. Resultado formidável para quem passa a maior parte da madrugada exibindo cultos da Igreja Universal.
Atualmente, a única atração do SBT dedicada à cobertura da crise do coronavírus é o “Conexão Repórter”, de Roberto Cabrini. Exibido em horário ingrato, tem mantido médias de 4 pontos contra os filmes da “Tela Quente”. Pela qualidade do material, daria muito mais se programado adequadamente.
As escolhas do SBT custam caro.
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