Divergências entre Bolsonaro e governadores para o combate ao coronavírus preocupa STF
Ministros do Supremo Tribunal Federal estão preocupados com as divergências travadas, inclusive publicamente, por Jair Bolsonaro e governadores durante o enfrentamento do coronavírus...
Ministros do Supremo Tribunal Federal estão preocupados com as divergências travadas, inclusive publicamente, por Jair Bolsonaro e governadores durante o enfrentamento do coronavírus.
Integrantes da Corte chegaram a enviar recados a interlocutores do presidente de que o clima de embate não é ideal para o momento de crise, numa tentativa de diminuir tensões.
Reservadamente, ministros avaliam que a conduta do presidente é para tentar blindar a economia e minimizar sua responsabilidade sobre a recessão que o país deve enfrentar pela crise.
Há ainda quem faça a leitura de que esses embates são potencializados por um fator eleitoral, sendo que os principais conflitos foram protagonizados por Bolsonaro com João Doria (SP) e Wilson Witzel (RJ), virtuais adversários em uma eventual disputa pelo reeleição em 2022.
Ministros aproveitaram decisões recentes para criticar o descompasso na relação.
“Melancolicamente, demonstrada é a incapacidade de se dar cumprimento à harmonia que a federação impõe aos governantes dos diferentes entes estatais e a desistência dos administradores públicos de dar cobro a suas obrigações de se articularem em atuação apartidária, racional e legítima na busca efetiva, eficaz e séria do interesse público específico, tão maltratado no caso brasileiro, especialmente em momento de tamanha gravidade como a provação que submete agora todo o povo”, escreveu a ministra Cármen Lúcia, ao negar pedido do Governo do DF para obrigar Bolsonaro a colocar servidores federais em Home office.
Marco Aurélio Mello afirmou que concedia uma liminar “para tornar explícita, no campo pedagógico” que governadores e prefeitos podem adotar medidas como isolamento, quarentena e restrição de locomoção por portos, aeroportos e rodovias e circulação de pessoas, que foram alvos de restrição do Executivo federal.
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