Lava Jato usa depoimento de Cabral para manter investigação de Lulinha em Curitiba
A Lava Jato recorreu a um termo de autodeclaração enviado por Sérgio Cabral para defender a competência dos investigadores de Curitiba na Operação Mapa da Mina, que atinge o filho mais velho do ex-presidente Lula, o empresário Fábio Luís Lula da Silva...
A Lava Jato recorreu a um termo de autodeclaração enviado por Sérgio Cabral para defender a competência dos investigadores de Curitiba na Operação Mapa da Mina, que atinge o filho mais velho do ex-presidente Lula, o empresário Fábio Luís Lula da Silva.
Lulinha recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para anular as investigações sob argumento de que o caso não deveria ser tocado pela Lava Jato no Paraná. Como a Crusoé mostrou nesta quarta, Cabral afirma ter recebido um pedido de Lula para que favorecesse a empresa Lulinha, em um contrato milionário com a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro. Segundo o ex-governador do Rio, o pedido de Lula resultou em um repasse de R$ 30 milhões para uma empresa de Lulinha.
Para os procuradores, o depoimento de Cabral reforça a competência da Justiça Federal em Curitiba, uma vez que o ex-governador do Rio diz que parte dos valores ilícitos foram pagos mediante “compensações” de recursos que eram desviados da Petrobras.
Segundo o MPF, “essas declarações corroboram vários elementos de prova já indicados na investigação em tela, indicando – ao contrário do que quer fazer crer a defesa – que há, no caso concreto, elementos de segura conexão com recursos desviados da Petrobras e repassados nas práticas ilícitas investigadas no feito originário”.
“Absolutamente prematuro cogitar em suspensão das investigações ou deslocamento de competência em caso no qual há dados concretos e objetivos a indicar que a competência é do juízo impetrado”, diz a Procuradoria.
Crusoé, exclusivo: Cabral diz que, a pedido de Lula, ajudou Lulinha a receber R$ 30 milhões
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