Alcolumbre planejava usar orçamento como moeda de troca para continuar no comando do Senado
Davi Alcolumbre está sendo pressionado a entregar os votos do Senado para aprovar, na semana que vem, os projetos de lei enviados pelo governo como parte do acordo para a manutenção dos vetos presidenciais à lei orçamentária...
Davi Alcolumbre está sendo pressionado a entregar os votos do Senado para aprovar, na semana que vem, os projetos de lei enviados pelo governo como parte do acordo para a manutenção dos vetos presidenciais à lei orçamentária.
Como noticiamos há pouco aqui, o presidente do Senado busca um entendimento com o MDB e o PSD, as duas maiores bancadas da Casa, para chancelar os três PLNs que repartem os R$ 30 bilhões do orçamento com o Congresso.
Muitos acordos estão sendo cobrados de Alcolumbre, que, segundo senadores ouvidos pela nossa reportagem, tem usado o orçamento para negociar, inclusive, sua reeleição ao cargo.
Como temos mostrado, o senador do Amapá fará de tudo para se manter no poder no ano que vem, embora a Constituição e o regimento do Senado proíbam reeleição à Presidência do Senado na mesma legislatura, como seria o caso. Se o parecer da CCJ de 1998 que recuperou — revelado por nossa reportagem aqui — não der resultado, ele retomará o plano de tentar emplacar uma PEC para mudar a Constituição.
“O Davi achou que conseguiria ficar com a parte do Senado das emendas de relator para distribuir a seu bel prazer [como fez com a verba extra do Ministério do Desenvolvimento Regional, conforme também revelado por O Antagonista]. Ele queria usar os R$ 5 bilhões que ficariam com o Senado para aprovar a PEC de sua reeleição, mas está havendo reação”, disse, pedindo reserva, um senador do entorno do presidente do Senado.
Do montante que ficará com o relator do orçamento, caso os PLNs sejam aprovados, o Senado tenta garantir R$ 5 bilhões.
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