O que Gustavo Bebianno disse ontem, no programa Roda Viva, não deveria ser deixado de lado.

Como publicamos, ele afirmou que, no início do governo de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro queria formar uma agência de inteligência própria:

“Um belo dia o Carlos Bolsonaro aparece com um nome de um delegado federal e três agentes que seriam uma Abin paralela. Isso porque ele não confiava na Abin. O general Heleno (chefe do gabinete Institucional da presidência) foi chamado. Ficou preocupado. Mas ele não é de confronto e o assunto acabou comigo e o general Santos Cruz. Nós aconselhamos o presidente a não fazer aquilo porque também seria motivo de impeachment. Eu não sei se isso foi instalado porque depois eu acabei saindo do governo.”

O assunto não pode ser deixado de lado justamente porque não se sabe se a tal Abin paralela foi montada ou não. Se, no caso de ter sido montada, continua a funcionar ou não. Ou, ainda pior, se ela não se mimetizou na Abin oficial e estaria prestando serviços privados.

O fato narrado por Bebianno é gravíssimo. Precisa de investigação, e investigação aprofundada.