O Tribunal Superior Eleitoral conheceu nesta sexta-feira (28/2) os preços apresentados pelas duas empresas que disputam a licitação milionária para a compra das novas urnas para as eleições municipais deste ano. A diferença impressiona.

Enquanto a Positivo propôs R$ 799 milhões, a Smartmatic/Diebold colocou R$ 1,7 bilhão. Esse valor é a previsão para a compra de 180 mil urnas que serão usadas para substituir os modelos utilizados nas eleições de 2006 e 2008, e atender ao crescimento do eleitorado. O edital lançado pelo TSE previa um gasto de R$ 700 milhões, mas levava em consideração a cotação do dólar de R$ 3,85.

A positivo, inclusive, teve uma avaliação levemente melhor da área técnica do TSE na análise do modelo de engenharia e em relação aos projetos apresentados pelas concorrentes. Agora, serão abertos os prazos para recursos das empresas, impugnações e análises das autoridades, o que pode arrastar a definição do processo e deixa cada vez mais difícil a substituição necessária de todos os equipamentos para o pleito.

Técnicos do TSE admitem que há dificuldades para a conclusão da licitação a tempo para as eleições de outubro. Uma das alternativas estudadas para o plano B seria reduzir o número de seções eleitorais e aumentar o número de eleitores que utilizam cada urna, portanto, mais gente teria de votar usando cada equipamento eletrônico.