Chuvas em SP: o saneamento básico está em paraísos fiscais
O cheiro nauseabundo sobe dos "rios" Tietê e Pinheiros, que transbordaram por causa das chuvas em São Paulo. Bairros inteiros foram inundados, pobres e ricos, e ainda há que se fazer a contabilidade macabra dos deslizamentos em morros com favelas. Há dez dias, foi a vez de Belo Horizonte ficar debaixo d'água...
O cheiro nauseabundo sobe dos “rios” Tietê e Pinheiros, que transbordaram por causa das chuvas em São Paulo. Bairros inteiros foram inundados, pobres e ricos, e ainda há que se fazer a contabilidade macabra dos deslizamentos em morros com favelas. Há dez dias, foi a vez de Belo Horizonte ficar debaixo d’água.
Ouve-se geralmente, nesta época, que “choveu ontem mais do que a previsão para o mês inteiro”. Não é um problema de meteorologia, não. O Brasil é um país onde, por razões geográficas, chove muito. Sempre choveu e sempre choverá aos cântaros, especialmente durante o verão.
O problema é falta de vergonha. Falta de vergonha dos políticos nos quais votamos faz décadas. O saneamento básico está depositado em contas em paraísos fiscais.
O problema é falta de vergonha — e falta de banheiro, falta de urbanismo, falta de administração, falta de controle sobre o espaço público, falta de educação, falta de civilidade.
O Brasil é um desastre político e humano que, em janeiro e fevereiro, transborda.
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