O limbo da corrupção
Na Crusoé, uma reportagem de Mateus Coutinho mostra que, quase um ano depois da decisão do STF que mandou casos de propinas com caixa 2 para cortes eleitorais, o saldo é exatamente aquele que se imaginava: os processos patinam e as condenações são raras...
Na Crusoé, uma reportagem de Mateus Coutinho mostra que, quase um ano depois da decisão do STF que mandou casos de propinas com caixa 2 para cortes eleitorais, o saldo é exatamente aquele que se imaginava: os processos patinam e as condenações são raras.
“Números levantados junto a dez dos maiores tribunais de todo o país falam por si. De 107 inquéritos e onze ações penais consultados, só houve condenações em dois casos até hoje. Trata-se dos casos envolvendo os petistas Fernando Haddad e Fernando Pimentel. Haddad foi condenado por caixa dois em sua campanha à prefeitura de São Paulo em 2012 e Pimentel, por tráfico de influência e lavagem de dinheiro por utilizar seu cargo de ministro do governo Dilma Rousseff, para acertar repasses de empresas para a sua campanha ao governo de Minas em 2014. Ambos ainda recorrem das condenações.
Os motivos para o desempenho pífio da Justiça Eleitoral são muitos. Em primeiro lugar, estão a influência política dos caciques em suas regiões e a falta de estrutura física e de capacitação técnica nos tribunais eleitorais para conduzir casos criminais complexos. Além disso, há a alta rotatividade de juízes e promotores eleitorais, que costumam ficar só dois anos no cargo. Por fim, soma-se ao cenário o fato de que a Justiça Eleitoral tem a tarefa primordial de organizar eleições em todo o país a cada dois anos.”
Leia a íntegra da reportagem:
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