Assessor de Guedes e mais 28 viram réus por fraude em fundo de pensão
A Justiça Federal do DF recebeu denúncia da Operação Greenfield e transformou em réu Esteves Pedro Colnago Júnior, que é assessor do gabinete do ministro da Economia, Paulo Guedes, e mais 28 acusados. A decisão é do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal...
A Justiça Federal do DF recebeu denúncia da Operação Greenfield e transformou em réu Esteves Pedro Colnago Júnior, que é assessor do gabinete do ministro da Economia, Paulo Guedes, e mais 28 acusados de gestão temerária. A decisão é do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal.
O grupo é acusado de gestão temerária na aprovação de investimento no Fundo de Investimentos e Participações (FIP) Sondas – veículo de investimentos da empresa Sete Brasil Participações S/A. A empresa seria a responsável pela construção de sondas, unidades de perfuração, que viabilizariam a exploração do pré-sal.
A força-tarefa da Greenfield apontou um rombo de R$ 5,5 bilhões nos fundos de pensão Petros, Funcef, Previ e ValiA
“O MPF produziu e apresentou a este Juízo peça acusatória formalmente apta, acompanhada de vasto material probatório, contendo a descrição pormenorizada contra todos os denunciados (então dirigentes, conselheiros e responsáveis pelos investimentos no âmbito da PETROS, FUNCEF, PREVI e VALIA), como incursos no delito de gestão temerária pela constituição e aportes ao FIP SONDAS, entre os anos de 2011 e 2016”, escreveu Vallisney.
E completou: “preenchidos todos os requisitos do art. 41 do CPP, RECEBO integralmente a DENÚNCIA, dando-se início à presente ação penal”.
Colnago participou de reunião do Conselho Deliberativo da Funcef, em maio de 2012, que decidiu pela preferência na aquisição de novas cotas do FIP Sondas. Segundo os procuradores, “escutando o áudio da reunião do Conselho Deliberativo da FUNCEF referente à Ata nº 377, nota-se, sem lugar a dúvidas, que os conselheiros aqui acusados referendaram o investimento de mais um bilhão de reais na Sete Brasil sem realizar qualquer discussão e sem embasamento técnico, com negligência assustadora, como se estivessem tratando de um tema qualquer sem a menor repercussão no patrimônio da FUNCEF e na futura vida econômica de seus participantes”.
Em nota divulgada na época da denúncia, Colnago afirmou que está à disposição para esclarecimentos. “O chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia, Esteves Colnago, está à disposição da força-tarefa da Greenfield, do Ministério Público Federal, para prestar os esclarecimentos relacionados à gestão dos fundos de pensão.
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