Operação Óbolo: empresas teriam recebido informações privilegiadas
As empresas investigadas na 70ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Óbolo, deflagrada hoje, fecharam mais de 200 contratos de afretamento de navios entre 2004 e 2015...
As empresas investigadas na 70ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Óbolo, deflagrada hoje, fecharam mais de 200 contratos de afretamento de navios entre 2004 e 2015.
Como noticiamos, segundo a PF, os valores desses contratos ultrapassam R$ 6 bilhões. Há suspeita de corrupção nos valores recebidos pelos corretores intermediários.
De acordo com a investigação, também há a suspeita de que algumas empresas tenham sido beneficiadas com informações privilegiadas sobre a programação de contratação de navios utilizados para transporte marítimo de petróleo e derivados da empresa — assim, supostamente tiveram vantagem competitiva na captação dos negócios.
Entre as empresas investigadas, estão a dinamarquesa Maersk e as intermediárias Tide Maritime e Ferchem, todas alvos da operação. A Petrobras utiliza os serviços dessas empresas para o transporte marítimo de produtos, como petróleo e derivados.
De 2002 a 2012, a Maersk e suas subsidiárias firmaram 69 contratos de afretamento com a Petrobras, por R$ 968 milhões. A Tide Maritime, por sua vez, teve 87 contratos entre 2005 e 2018, por R$ 2,8 bilhões. E a Ferchem intermediou 114 contratos que passaram de R$ 2,7 bilhões de 2005 a 2015.
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