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Abraham Weintraub, o provocador

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3 minutos de leitura 01.01.2020 18:30 comentários
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Abraham Weintraub, o provocador

O economista Abraham Weintraub assumiu o Ministério da Educação depois que presidente Jair Bolsonaro anunciou que Ricardo Vélez Rodríguez deixaria o posto, em abril deste ano. Ao discursar na posse, o novo ministro listou como objetivos "acalmar os ânimos" e respeitar "diferentes opiniões". O que se viu na prática...

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Abraham Weintraub, o provocador
Abraham Weintraub

O economista Abraham Weintraub assumiu o Ministério da Educação depois que presidente Jair Bolsonaro anunciou que Ricardo Vélez Rodríguez deixaria o posto, em abril deste ano.

Ao discursar na posse, o novo ministro listou como objetivos “acalmar os ânimos” e respeitar “diferentes opiniões”.

O que se viu na prática, contudo, foi o contrário.

Em poucos meses, ele acumulou uma série de polêmicas dentro de uma gestão marcada por embates.

Com o contingenciamento de verbas das universidades federais (necessário, mas mal explicado por meio de “chocolatinhos”) e promessas de cortes na área de humanas e nas instituições que promovessem a “balbúrdia” (desnecessário), os estudantes voltaram às ruas depois de anos ignorando os desmandos das gestões petistas.

A pauta de defesa da educação era também — ou principalmente — um pretexto para protestar contra a reforma da Previdência, contra Jair Bolsonaro e pedir Lula Livre.

A partir daí, Weintraub fez uma duvidosa opção pela provocação humorística — pelo menos, parece humorismo.

Um mês depois de assumir o MEC, a fim de reclamar de uma suposta “chuva de fake news”, Weintraub bancou o Gene Kelly caboclo, em vídeo, numa versão tosca da mais famosa cena de “Cantando na Chuva”.

Em outra publicação, o ministro comparou Lula e Dilma Rousseff aos 39 quilos de cocaína apreendidos num avião da FAB: “No passado, o avião presidencial já transportou drogas em maior quantidade. Alguém sabe o peso do Lula ou da Dilma?”

Na Comissão de Educação do Senado, Weintraub trocou Kafka por kafta.

Em ofício endereçado ao ministro Paulo Guedes, o ministro da Educação escreveu duas vezes a palavra “paralisação” usando a letra “z”. Não foi o seu único erro de ortografia.

Em sabatina na Câmara, provocou os deputados e disse que eles não conheciam a carteira de trabalho. A audiência na Comissão de Educação terminou em confusão generalizada, com direito a empurrões e dedos em riste.

José Nelto, líder do Podemos, chegou a pedir a demissão do ministro.

No meio da histeria sobre a Amazônia, Weintraub afirmou que a crise das queimadas era “falsa” e chamou o presidente francês Emmanuel Macron de “calhorda oportunista”.

Nas redes sociais, ironizou reitores de universidades federais e chegou a dizer que as instituições eram “madraças”, afirmando, sem provas, que elas abrigam “plantações extensivas de maconha”. E voltou a repetir a acusação numa audiência na Câmara.

Apesar de tudo, a prova do Enem foi tranquila, a implantação das escolas cívico-militares segue em frente, um programa para crianças de estímulo à leitura  foi iniciado — e o contingenciamento de verbas para as universidades federais começa a ser mitigado.

O ano termina sem que se saiba se Weintraub permanecerá no posto ou se “Abe is out”.

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