Haddad: as novas derrotas do poste
Depois de ser derrotado na disputa à Prefeitura de São Paulo, em 2016, e na eleição presidencial de 2018, Fernando Haddad conseguiu neste ano a proeza de ser vencido dentro do próprio PT. A CNB, corrente majoritária dentro do PT, queria que Haddad assumisse a...
Depois de ser derrotado na disputa à Prefeitura de São Paulo, em 2016, e na eleição presidencial de 2018, Fernando Haddad foi vencido dentro do próprio PT.
Um grupo de petistas, com apoio de Haddad, buscou neste ano uma alternativa a Gleisi Hoffmann no comando do partido.
Como mostrou a Crusoé, a pressão do grupo de Haddad por outro nome, porém, contrariou a ordem de Lula de que Gleisi continuasse à frente da sigla. O que, por fim, ocorreu.
O clima ruim entre Haddad e Gleisi já era ruim desde o começo do ano.
Os dois protagonizaram uma discussão em uma reunião do PT em razão da viagem da deputada à Venezuela. O poste reclamou que o partido não foi ouvido sobre a ida de Gleisi para a posse do ditador Nicolás Maduro.
Em outro episódio de “fúria”, Haddad criticou a presidente do PT por uma entrevista em que ela candidatou o poste à prefeitura de São Paulo. A declaração foi encarada por Haddad como mais uma tentativa de escanteá-lo do cenário eleitoral nacional.
Outra derrota de Haddad ocorreu em março, quando o ministro Edson Fachin o multou em R$ 176,5 mil, por pagar ao Google para promover um site negativo sobre Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018.
Em maio, O Antagonista revelou que o petista, quando prefeito de São Paulo, editou decreto de desapropriação de uma área de interesse do empresário Victor Sandri – apontado pelo MPF como operador de Guido Mantega – e doadores de campanha.
O Ministério Público de São Paulo se manifestou contra a Prefeitura no caso da desapropriação suspeita que beneficiou empreendimento imobiliário de financiadores de Haddad.
Em agosto, a Justiça Eleitoral o condenou por falsidade ideológica para fins eleitorais. De acordo com a sentença, houve 258 declarações falsas de despesas com gráfica na prestação de contas de Haddad na campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo de 2012. Pena: quatro anos e seis meses de reclusão no regime semiaberto. O petista recorreu.
Em 2019, restou a Haddad acompanhar o condenado Lula em viagens pelo país. É um poste sem luz própria.
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