MEIRELLES: ‘FUI APENAS CONSULTOR DA J&F’
O Ministério da Fazenda acaba de divulgar um comunicado em que Meirelles procura se desvincular dos irmãos Batista, investigados pela Operação Greenfield, e da J&F, holding por meio da qual controlam a JBS, Eldorado, Flora e Banco Original...
O Ministério da Fazenda acaba de divulgar um comunicado em que Meirelles procura se desvincular dos irmãos Batista, investigados pela Operação Greenfield, e da J&F, holding por meio da qual controlam a JBS, Eldorado, Flora e Banco Original.
Segundo a nota, o contrato de Meirelles estabelecia apenas a prestação de consultoria ao grupo e não lhe dava acesso direto a dados sigilosos das empresas. O ministro afirma, ainda, que sua atuação se concentrou no Banco Original.
Leia a íntegra do comunicado:
Nota de esclarecimento
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informa que foi membro do conselho de diversas empresas, além de ter desempenhado a função de chairman do Lazard Americas, um grande banco de investimento sediado em Nova York.
Meirelles fez parte dos Conselhos de Administração da Azul e do Lloyds of London, posições onde tinha responsabilidades estatutárias, além de ter participado como senior advisor da Kolberg, Kravis and Roberts (KKR) e empresas de investimentos.
Meirelles foi membro do Conselho Consultivo da J&F e nunca dirigiu esta empresa ou a Eldorado. Ele se limitava a prestar consultoria, cujos serviços foram concentrados na montagem do Banco Original. As empresas do grupo contavam com quadro de diretores, do qual Meirelles nunca fez parte.
No final do período de prestação de consultoria, Meirelles assumiu temporariamente, e de forma transitória, a presidência do Conselho de Administração da J&F. Em nenhum momento, porém, exerceu quaisquer funções executivas na empresa.
O contrato de consultoria com a J&F estipulava que Meirelles não participava da gestão e não tinha acesso aos dados internos da empresa. Suas sugestões como consultor restringiam-se a assuntos do Banco Original ou para algum movimento estratégico, particularmente fora do Brasil, sobre o qual a J&F demandasse sua opinião. O contrato deixava claro que a empresa podia ou não adotar essas sugestões.
Meirelles reitera não ter, atualmente, nenhuma relação com quaisquer dessas empresas.
Quando convidado para o ministério, Meirelles rescindiu todos os contratos e cessou todos os vínculos com o setor privado, da mesma maneira que fez ao assumir o Banco Central, em 2003, encerrando todas as atividades com o Bank Boston, instituição onde chegou a exercer a presidência mundial.
Meirelles informa que houve um processo normal, rigoroso, feito com todo o cuidado e atenção, como sempre procedeu, não só na elaboração dos contratos como no encerramento desses termos. As rescisões contratuais prepararam o caminho para sua dedicação integral ao setor público, sem nenhuma ligação com o setor privado. Os vínculos foram encerrados transparentemente, de forma direta, objetiva, completa e cuidadosa.”
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