O comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa, disse hoje que as investigações sobre o derramamento de óleo que atingiu centenas de praias do Nordeste estão focadas em dez navios de 11 países.

“Já estamos em dez navios. Estamos sintetizando as buscas. Neste momento, são 11 bandeiras. Um navio pode ser que tenha dupla bandeira”, explicou o almirante, que se reuniu com o presidente em exercício, Hamilton Mourão.

Barbosa afirmou ainda, sobre a possibilidade de envolvimento de um “dark ship” (um “navio fantasma”):

“A partir do momento em que vamos abrir um inquérito no âmbito da PF e um inquérito no âmbito da Marinha, que se interagem constantemente com instituições estrangeiras, não se pode dizer ‘essa linha do dark ship foi abandonada ou não foi’. Estamos com um amplo espectro. Uma tem mais probabilidade. É ser um navio mercante que passou pela nossa costa.”

Sobre a Venezuela, o comandante da Marinha disse que acusar o governo do país neste momento é “antiético” e “perigoso”.

“Essa é uma informação que faz parte do inquérito, então nós vamos ficar neste momento com a informação da origem da Venezuela, do petróleo ser da Venezuela. Seria uma ilação perigosa, antiética, envolver o governo da Venezuela nesse tipo de atividade, mesmo que em uma simples ilação. Não é correto fazer isso.”