Ministro do STJ tem sala VIP e carregador de mala em aeroportos
No último sábado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves viajou de Brasília para o Rio de Janeiro, sua cidade natal, em voo comercial da Gol. Gonçalves chegou às 6h ao aeroporto da capital federal, em carro oficial do tribunal. O voo atrasou quase duas horas...
No último sábado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves viajou de Brasília para o Rio de Janeiro, sua cidade natal, em voo comercial da Gol.
Gonçalves chegou às 6h ao aeroporto da capital federal, em carro oficial do tribunal. O voo atrasou quase duas horas, período aguardado por ele em sala de espera exclusiva para ministros do STJ, inaugurada em 2014 no terminal Juscelino Kubitschek.
Perto do horário do embarque, Gonçalves foi acompanhado praticamente até a porta da aeronave por dois assessores que carregavam suas bagagens de mão (foto abaixo, à direita). Assim que o ministro embarcou, a dupla deu meia volta e encerrou o trabalho.
Quando o avião pousou no Santos Dumont, outro assessor já o aguardava na saída do finger. Dali até o estacionamento, Gonçalves também não precisou se esforçar para levar as duas maletas (foto abaixo, à esquerda).
O Antagonista apurou que a regalia de ter assessores para carregar malas se estende a ministros de outros tribunais superiores, como o do Trabalho (TST).
A Inframerica, administradora do terminal de Brasília, informou que esses assessores possuem credenciais permanentes, emitidas após análise de documentos e realização de cursos obrigatórios, respeitando normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) — tais procedimentos são necessários porque, em tese, o acesso às salas de embarque é restrito a passageiros.
A reportagem perguntou ao STJ qual o motivo do acompanhamento de ministros e se tal medida é prevista em alguma norma do tribunal, mas não obteve resposta.
Atualização: Quase 8 horas depois de ter confirmado o recebimento da demanda, o STJ informou, em nota enviada a O Antagonista, que os funcionários que acompanham os ministros são “agentes de segurança”. Segundo a assessoria do tribunal, a mesma equipe atende a todos os ministros, nos aeroportos de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
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