“Quero que se dane que é o filho do presidente”
Major Olímpio, em entrevista para o UOL, acusou Eduardo Bolsonaro de conspirar para assumir o comando do PSL...
Major Olímpio, em entrevista para o UOL, acusou Eduardo Bolsonaro de conspirar para assumir o comando do PSL:
“O PSL e o presidente acabaram vítimas de uma conspiração. Algumas pessoas do partido, lamentavelmente o próprio Eduardo Bolsonaro, estimulados por uns advogados. Isso eclodiu com uma manifestação dura do presidente em relação ao partido e ao Bivar depois de uma reunião de parlamentares com o presidente, que apresentaram uma carta de intenção dizendo ‘olha, somos os arianos puros, os conservadores verdadeiros, os aliados mais fiéis do presidente’. Uma conspiração mesmo porque alguns poucos foram chamados para isso. Não dá para compactuar com esse tipo de coisa. Queriam implodir o PSL, destituir o Bivar da Executiva Nacional em projeto de poder particular de alguns, não do presidente, porque ele foi vítima também.”
Questionado sobre o motivo da conspiração, ele respondeu:
“Justamente a administração nacional do PSL. E aí você envolve tempo de televisão, fundo partidário e fundo de financiamento de campanha. Ele também pode ter sido induzido por outras pessoas, e eu acredito que sim, mas o objetivo não é fortalecer o presidente. Coisa nenhuma! Você tem 52 deputados e vai arrebentar para ficar com 19? Eu vejo interesses mesquinhos, pessoais, disputa de poder, disputa pelo de tempo de televisão e recursos de fundos.”
Sobre os filhos de Jair Bolsonaro, ele disse:
“Eu não vou entrar em juízo de valor porque é uma coisa pessoal do presidente, mas que isso acaba prejudicando o presidente em algumas circunstâncias… Foi como aconteceu com o Flávio e comigo. Nós perdemos uma senadora, eu ia sair também, depois fiquei na birra: estou certo, se tiver que sair, que caia fora ele. Ah, mas é o filho do presidente… Eu quero que se dane que é o filho do presidente. Eles são tão filiados quanto eu. Tão senador quanto eu. Esses comportamentos principescos. Sou eleito senador com nove milhões de votos e não posso perguntar por que estão trocando a direção em uma cidade? Nós temos mais oito deputados federais que também não podem perguntar. ‘Olha, é o príncipe que quer.’ Ah, dá licença…”
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