“Não existe nenhuma possibilidade de a Câmara aprovar o aborto”
Como registramos aqui, a Câmara quase votou durante a noite de ontem um projeto de lei que, ao tratar de políticas públicas para a juventude, propõe como meta a legalização do aborto no Brasil. O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Silas Câmara (Republicanos), disse a O Antagonista que, desde o início da semana, estava...
Como registramos aqui, a Câmara quase votou durante a noite de ontem um projeto de lei que, ao tratar de políticas públicas para a juventude, propõe como meta a legalização do aborto no Brasil.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Silas Câmara (Republicanos), disse a O Antagonista que, desde o início da semana, estava um clima de “tira ou não tira” da pauta o projeto de 2014 que, entre outras coisas, prevê “descriminalizar o aborto, através da legalização e regulamentação do atendimento pelo SUS”.
“Havia uma pressão desde segunda-feira. Havia um requerimento de urgência apresentado pelo Baleia [Rossi, líder e presidente nacional do MDB]. Eu conversei com o Rodrigo Maia, disse que o projeto ainda não está maduro, que era complicado levá-lo direto para o plenário. Isso foi apresentado em outro governo, em outro contexto, com outra mentalidade. O presidente [da Câmara] considerou minhas colocações e o próprio Baleia retirou seu requerimento.”
O deputado não soube dizer quem tentou emplacar a votação nesta semana.
“Não sei se foi descuido ou maldade. Eu prefiro, por exclusão, acreditar que tenha sido um descuido do presidente.”
Silas afirmou que a bancada evangélica — hoje formada por 105 deputados — quer aprovar o chamado Estatuto da Juventude, mas sem a “contaminação ideológica”.
“Não existe nenhuma possibilidade de a Câmara aprovar o aborto. A Câmara nunca esteve tão conservadora. Além do mais, é um desfavor para o Brasil querer discutir aborto ou qualquer outro assunto antes da pauta econômica.”
O deputado Rafael Motta, do PSB do Rio Grande do Norte, deverá ser o relator do tal projeto no plenário.
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