“Querem dinheiro”, diz Bivar sobre aliados próximos de Bolsonaro
Em entrevista a O Globo, Luciano Bivar subiu o tom após as declarações de Jair Bolsonaro de que o presidente do PSL estaria "queimado"...
Em entrevista a O Globo, Luciano Bivar subiu o tom após as declarações de Jair Bolsonaro de que o presidente do PSL estaria “queimado”.
Sem citar nomes, Bivar criticou o grupo de aliados mais próximos de Bolsonaro.
“O que há é um grupo capitaneado por duas ou três pessoas, um juiz desempregado, uma advogada rapina, que querem dinheiro”, afirmou. “Essas pessoas, sorrateiramente, cujo objetivo é outro, estão nisso. Acho que o presidente não deve estar sendo bem aconselhado porque estão vendendo ele como se fosse propriedade deles para forçar uma participação de domínio no partido e fazerem coisas que não são éticas.”
Questionado sobre quais seriam essas “coisas que não são éticas”, Bivar disse:
“O fundo partidário é da bancada e eu tenho que preservar isso. Eu não posso me dobrar a contratos e ofertas de serviços que não representem realmente nenhum processo. Isso realmente cria um desconforto. Os interesseiros do partido gozam de um relacionamento com o presidente e acham que, com isso, eles vendem esse falso poder para vender serviços ao partido. Não vão ter.”
Bivar também foi perguntado se cogitar deixar o comando do PSL. E respondeu:
“Eu tenho mandato até 29 de novembro e o partido tem sua estrutura, suas datas. Você não pode transformar o partido político em uma República de bananas, ao menor traumatismo, mudar a direção do partido, isso dá insegurança política e jurídica. Outro dia um governador me disse que eu tinha de ir no estado para mostrar que está tudo bem e eu disse que não preciso ir ao estado: ‘Você tem de acreditar no brilho dos meus olhos’, que as coisas não se alteram assim. Se alteram com conversa, com consenso e principalmente com sensatez. O partido político não pode se servir de ferramenta para agredir pessoas e entidades. Ele se serve para defender teses e programação e dentro do regime democrático alcançar o poder e isso é a razão. Não pode trazer a luz e a tela do partido para agredir coisas. Essas agressões, como são membros do PSL, dão uma luz muito grande.”
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