O pensamento único do lulopetismo e do bolsonarismo
Em editorial, o Estadão compara o bolsonarismo ao lulopetismo, na sua ambição de estabelecer o "pensamento único" e negar os fatos, e defende que se use o senso comum para enfrentar a realidade. O editorial diz que o lulopetismo "dividiu o país 'nós' e 'eles', tentando inviabilizar...
Em editorial, o Estadão compara o bolsonarismo ao lulopetismo, na sua ambição de estabelecer o “pensamento único” e negar os fatos, e defende que se use o senso comum para enfrentar a realidade.
O editorial diz que o lulopetismo “dividiu o país ‘nós’ e ‘eles’, tentando inviabilizar progressivamente a política para, em seu lugar, instalar o pensamento único – seja na forma de constrangimento violento dos que pensam diferente dos petistas e não idolatram o ex-presidente Lula da Silva, seja por meio da degradação moral da atividade parlamentar.
O lulopetismo amarga hoje a cadeia, mas em seu lugar surgiu o bolsonarismo, tão deletério para a democracia quanto seu antípoda. O discurso bolsonarista é naturalmente desagregador, o que inviabiliza qualquer tentativa de alcançar um mínimo denominador comum entre os brasileiros. Ademais, o bolsonarismo extrai sua força das bolhas ideológicas alimentadas pelas redes sociais. Nelas, os militantes encerram-se em suas certezas, formando comunidades de milhares de pessoas em que a base da coexistência é a crença fanática naquilo que dizem seus líderes, não sendo admitida qualquer forma de contestação.
Nessas redes, sem as quais o bolsonarismo não teria sucesso, só circulam informações cuja função é confirmar a visão de mundo predominante do grupo. Ao mesmo tempo, muitos dos movimentos que se opõem a Bolsonaro estão igualmente limitados a seus cercadinhos virtuais, que também restringem informações que possam enfraquecer seus argumentos.”
O cercadinho virtual do Estadão, inclusive.
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