A presidente da CCJ do Senado, Simone Tebet, rechaça o projeto que altera regras do fundo eleitoral, abrindo brecha para o caixa dois e praticamente impedindo a fiscalização desse crime.

Davi Alcolumbre manobra para votar o projeto, em definitivo, amanhã no Senado.

“Este é um projeto de partido, não de país. Votarmos de afogadilho, como meros carimbadores, um projeto que pode até aperfeiçoar a legislação eleitoral, que precisar ser aperfeiçoada, mas que traz no seu bojo inúmeros retrocessos, é, no mínimo, um tapa na cara da população brasileira.”

A senadora disse a O Antagonista estar pronta para discutir o projeto, mas adiantou que não aceitará dinheiro público pagando advogado de políticos e aumento do fundão num momento que falta dinheiro para saúde, educação e segurança pública.

“Ali tem pontos que tornam o projeto inviável. Se for para emendar, ajustar e o projeto voltar para a Câmara, tudo bem. Do contrário, eu não voto favorável. Esta questão não pode ser votada com açodamento, mexendo com avanços em relação à transparência, à integridade dos partidos e à utilização eficiente dos recursos públicos.”

Tebet acrescentou:

“Não há urgência, não há pressa para o Senado carimbar um processo que sequer conhece direito.”