Raquel Dodge questionou a decisão de Gilmar Mendes que tirou Guido Mantega da Lava Jato no Paraná — na semana passada, ele suspendeu a ordem de Luiz Antonio Bonat para que usasse tornozeleira, sob o argumento de que o caso deve tramitar na Justiça Federal em Brasília.

Em parecer sobre o caso enviado ao ministro, a procuradora-geral falou em “flagrante burla ao processo penal” e defendeu que pedidos de Mantega sobre o caso sejam dirigidos a Edson Fachin, relator da operação no STF.

Ontem, como mostramos, Maurício Ferro, ex-diretor da Braskem, pediu liberdade a Gilmar Mendes, alegando que a investigação também deve tramitar em Brasília.

Ferro é acusado de participar de negociar com Mantega uma propina de R$ 50 milhões ao PT, em troca de parcelamento de impostos no Refis da Crise em 2009 lançado em duas medidas provisórias em 2009.

A ação contra Mantega em Brasília relaciona-se a propinas pagas pela JBS ao PT para obter financiamentos do BNDES e de fundos de pensão.