EXCLUSIVO: Locação de sede compromete 17,5% do orçamento do CNJ, revela área técnica
Em um parecer a que O Antagonista teve acesso com exclusividade, a área técnica que analisa editais do CNJ questiona a economia nas contas do conselho se confirmada a locação de uma nova sede...
Em um parecer a que O Antagonista teve acesso com exclusividade, a área técnica que analisa editais do CNJ questiona a economia nas contas do conselho se confirmada a locação de uma nova sede.
Além do custo de mais de R$ 23 milhões de reais por ano com o pagamento de aluguel e condomínio do edifício Premium, o CNJ terá de desembolsar mais R$ 2,4 milhões para manter o prédio ocupado hoje. A atual sede continuará a ser utilizada porque conta com uma sala-cofre que abriga todos os processos sigilosos do conselho – e o novo prédio não conta com espaço semelhante.
“Constatou-se que uma eventual locação das 2 torres do Edifício Premium combinada com a manutenção dos Blocos A e B da SEPN 514 sob domínio do CNJ, acarretará um acréscimo de, no mínimo, R$ 10.000.000,00 em relação aos custos atualmente existentes, o que corresponde a aproximadamente 17,5% de todo o orçamento estimado para 2020.”
Segundo o despacho, o investimento também não valeria a pena a longo prazo. Apenas o valor do aluguel, de R$ 930 mil, corresponde a 1,75% do valor de construção de um imóvel. Pelas contas da área técnica, em 57 meses de contrato o valor pago pela locação seria suficiente para levantar um prédio próprio.
Uma outra alternativa, sugere o documento, é reforçar junto à Secretaria do Patrimônio da União o desejo de ocupar as instalações do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, “representando uma alternativa gratuita para solucionar os problemas de estrutura física reportados neste processo.”
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