Não esquecer, não compreender
Em sua coluna na Crusoé, Mario Sabino cita Primo Levi, que enfrentou o horror no complexo de campos de trabalho forçado e extermínio de Auschwitz, na Polônia ocupada pelos nazistas, e se transformou em um dos maiores escritores italianos de todos os tempos...
Em sua coluna na Crusoé, Mario Sabino cita Primo Levi, que enfrentou o horror no complexo de campos de trabalho forçado e extermínio de Auschwitz, na Polônia ocupada pelos nazistas, e se transformou em um dos maiores escritores italianos de todos os tempos.
“Se questo è un uomo”, escrito em 1946, é um primor porque a narrativa é seca. “Mostra a tragédia sem rancor, pieguice ou complacência para quem a sofreu na carne”, diz Mario.
E o fato de todos serem “demasiado humanos”, afirma o colunista, “não significa igualar carrascos e vítimas”.
Leia um trecho:
“Já que continuamos prisioneiros em 1964, recorro a Primo Levi para fazer uma proposta aos que revivem o terrorismo de organizações de esquerda, durante o regime militar, e o terrorismo de Estado, que torturou e assassinou os integrantes delas: não tentemos compreender uns e outros. Compreender está perigosamente perto de justificar — e terrorismo nenhum é justificável. O terror é o horror individualizado. Não esqueçamos nada, mas não compreendamos nada.”
Leia a íntegra da coluna na Crusoé:
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