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A mão do Executivo na reforma da Previdência

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 13.07.2019 17:00 comentários

A mão do Executivo na reforma da Previdência

Por mais que a reforma seja noticiada como uma vitória do Congresso, ela não teria passado sem os esforços do secretário especial da Previdência Social do governo Bolsonaro.

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3 minutos de leitura 13.07.2019 17:00 comentários 0
A mão do Executivo na reforma da Previdência
O secretário Especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, participa de seminário sobre Previdência, na Câmara dos Deputados

Em 24 anos de vida pública, Rogério Marinho só venceu três das oito eleições que disputou. Em outras duas oportunidades, contudo, garantiu presença no legislativo como suplente.

Quando, em 2008, o PSB preferiu apoiar a candidata do PT à Prefeitura de Natal, migrou para o PSDB. Dois anos depois, em um estado dominado pelo lulopetismo, seria o único candidato potiguar a pedir votos contra Dilma Rousseff.

Findaria como sétimo deputado federal mais votado, mas o quociente eleitoral o empurrou para a suplência. Desta forma, o segundo mandato no Congresso Nacional foi interrompido em novembro de 2012, na volta do titular da vaga.

O terceiro mandato nasceu de 81 000 votos em 2014. Naquela legislatura, Marinho votaria a favor do impeachment de Dilma e da PEC do teto dos gastos públicos. Como relator da reforma trabalhista, encampou o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. E votou contra a abertura da investigação de Michel Temer.
Em 24 anos de vida pública, Rogério Marinho só venceu três das oito eleições que disputou. Em outras duas oportunidades, contudo, garantiu presença no legislativo como suplente.

Quando, em 2008, o PSB preferiu apoiar a candidata do PT à Prefeitura de Natal, migrou para o PSDB. Dois anos depois, em um estado dominado pelo lulopetismo, seria o único candidato potiguar a pedir votos contra Dilma Rousseff.

Findaria como sétimo deputado federal mais votado, mas o quociente eleitoral o empurrou para a suplência. Desta forma, o segundo mandato no Congresso Nacional foi interrompido em novembro de 2012, na volta do titular da vaga.

O terceiro mandato nasceu de 81 000 votos em 2014. Naquela legislatura, Marinho votaria a favor do impeachment de Dilma e da PEC do teto dos gastos públicos. Como relator da reforma trabalhista, encampou o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. E votou contra a abertura da investigação de Michel Temer.

O resultado não surpreendeu. No tsunami eleitoral de 2018, perdeu um quarto dos votos, não conseguindo renovar o mandato. Mas, ainda em dezembro, Paulo Guedes o convidou para comandar a Secretaria Especial da Previdência Social do governo Bolsonaro.

O cargo na equipe econômica fez com que Marinho se tornasse personagem frequente da cobertura de O Antagonista. Presente em todas as etapas da tramitação, o secretário surge discutindo pontos polêmicos, batalhando pela reforma ideal, peitando a CUT e comemorando a aprovação do texto-base da previdenciária.

Quando, em primeiro turno, a reforma da Previdência foi aprovada com uma folga de 71 votos, seu nome foi o mais aplaudido dentre os citados por Rodrigo Maia. Era o Congresso reconhecendo que, diferente do propagado em parte da imprensa, um nome do Executivo foi primordial para o resultado positivo.

Em meados de maio, O Antagonista registrou que havia o desejo entre deputados governistas de que a articulação feita por Onyx Lorenzoni passasse aos cuidados de Marinho. A condição seria justamente o sucesso da reforma da Previdência.

Vencida etapa tão importante da tramitação, resta a dúvida se o desejo dos parlamentares inclui também uma transferência de toda a Casa Civil.

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