O Comentarista: Senado bloqueia redução da maioridade penal desde 2014
A Câmara vai receber na próxima terça (25) o lançamento de uma nova frente parlamentar pela redução da maioridade penal. Ela nasce composta por 203 congressistas, sendo 194 deputados e 9 senadores...
A Câmara vai receber na próxima terça (25) o lançamento de uma nova frente parlamentar pela redução da maioridade penal. Ela nasce composta por 203 congressistas, sendo 194 deputados e 9 senadores.
Uma frente similar foi criada em 2013. Por que outra agora? Porque até hoje o tema não foi para a frente. Mesmo aprovada pela Câmara em 2015, a redução da maioridade penal nunca foi votada no plenário do Senado.
O Comentarista mostra como o Senado vem bloqueando o tema desde 2014.
Confira um trecho:
– A promessa de Renan
Em março de 2014, o então presidente do Senado, Renan Calheiros, prometeu incluir na pauta do plenário uma proposta de emenda constitucional que reduziria a maioridade penal para 16 anos em casos excepcionais. “Já assumimos o compromisso com os líderes partidários”, declarou na época, sem especificar uma data.
No mês anterior, por 11 votos a 8, a CCJ do Senado rejeitou relatório do senador Ricardo Ferraço para PEC de Aloysio Nunes que reduziria a maioridade penal para alguns crimes graves.
Mas o debate não foi pra frente.
– A jogada de Cunha
Em julho de 2015, um texto favorável à redução da maioridade obteve na Câmara 303 votos favoráveis, 5 a menos que o necessário para uma PEC. No dia seguinte, Eduardo Cunha pôs em votação um texto semelhante, que foi aprovado por 323 votos.
A PEC aprovada reduz a maioridade penal para 16 anos para os crimes de homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, e crimes hediondos, como estupro.
Pelo regimento, quando um texto é derrubado, não pode o parlamento apresentar imediatamente depois outro semelhante. Mas Cunha estava com o regulamento debaixo do braço. A Câmara havia votado primeiro um substitutivo (texto apresentado pelo relator, e não autor, da proposta) e, nesse caso, “a proposição inicial será votada por último, depois das emendas que lhe tenham sido apresentadas”.
Em agosto de 2015, a Câmara aprovou o texto em 2º turno, por 320 votos a favor e 152 contra. A PEC seguiu para o Senado – para um longo repouso.
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