Agamenon: “Sergio Moro num país tropical”
Dizer que o Brasil é uma bosta é um erro...
Dizer que o Brasil é uma bosta é um erro. Bostas e outras excrescências de origem animal são úteis enquanto fertilizantes, adubos, pois enriquecem o solo e trazem abundância à colheita. Já o nosso país, apesar da abundante produção (no bom sentido, de dentro pra fora) “intelequitual” como produto final do processo digestivo, não consegue utilizar toda esta matéria fecal para fazer a economia crescer.
Segundo os otimistas, o país está indo pro buraco. A verdade é que o aluguel do buraco ficou muito caro, e o país teve que mudar de direção e está indo pro brejo.
O problema é que “devido de que” as mudanças climáticas o brejo secou. O ministro do Meio Ambiente, por sua vez, acha que meio ambiente é demais para um país do tamanho do Brasil. Um quarto ou mesmo um oitavo de ambiente já está muito bom. Sobra mais espaço para plantar vacas e a soja pastar placidamente antes acabar num churrasco depois da pelada. Esta história de mudanças climáticas não passa de papo furado dos esquerdopatas e gays confessos que adoram ver um pau de pé.
E agora começa mais um vazamento de um site obscuro tentando incriminar o ministro Sérgio Moro, que cometeu o grave crime de mandar poderosos importantes e ricos para a cadeia. Onde já se viu um absurdo destes? Daqui a pouco vão acabar mandando o Gilmar Mendes para o xilindró. Onde vamos parar? Em Portugal, é claro.
Assim como o meu Dodge Dart 73 enferrujado, o Brasil está parado, estacionado na Rua da Amargura, aguardando o reboque. Só com a volta da corrupção generalizada dá para fazer o país voltar a crescer mais de 20cm ao ano! Graças à roubalheira sem fronteiras, os brasileiros vão poder voltar a ter empregos e se locupletar dignamente. Não é o futebol, nem o samba e muito menos o agronegócio a verdadeira vocação brasileira. Nosso negócio é verba pública, concorrência fraudulenta e muito dinheiro na cueca.
Observando a política nacional, fico matutando se os Bolssonauros e o Eunãolavo Meu Carvalho não são, na verdade, lulopetistas infiltrados no governo. Sua missão é desmoralizar de uma vez por todas a economia liberal — e começaram justamente pelo presidente do BNDES. Estou cada vez mais convencido de que Jair Bolsonaro é o número 2 em Brasília.
O Brasil caminha para a hecatombe, e já estão organizando a fila. Como sempre, os idosos têm preferência. Eu não entendo esse negócio de idoso ter preferência para as coisas. Desde quando idoso tem pressa? Algum idoso tem pressa para morrer? Eu chego ao banco (para assaltar, é claro) e só a fila de idosos é que anda. Os velhinhos viraram os office boys da família, dos amigos e dos vizinhos que não têm preferência na fila. Aí chega o idoso encanecido, se arrastando numa bengala, com um monte de contas para pagar na mão. E como não tem mais o que fazer, ainda fica de conversa fiada com o caixa, de quem é íntimo, pois frequenta a agência diariamente. O idoso indolente e desocupado sempre leva um pedaço de bolo, um salgado, uma caixa de sabonete para a funcionária do banco e, assim, engata mais um assunto pois acha que vai comê-la. Aliás, idoso só tem dois assuntos: reclamar (de qualquer coisa) e preço de medicamentos. Enquanto isso, a fila das pessoas normais que têm pressa continua aumentando, pois chegaram mais três velhinhas cheias de conta para pagar.
No metrô, no ônibus, no trem e até no rabecão da funerária é a mesma coisa, ou até pior. O sujeito entra, e todos os bancos já estão reservados para idosos, grávidas, deficientes físicos, obesos, sociopatas e taxidermistas. Não sobra um lugar sequer para um ser humano normal que, por acaso, foi o único que pagou a passagem.
Agamenon Mendes Pedreira é liberal de esquerda com tendências de extremo centro
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