Uma indicação fora de hora
Senadores experientes da CCJ do Senado e simpáticos a Sergio Moro avaliam que a declaração de Jair Bolsonaro ontem, confirmando a intenção de indicá-lo para o STF, mais atrapalha que ajuda a aprovação de seu nome no futuro -- a próxima vaga será aberta em novembro de 2020...
Senadores experientes da CCJ do Senado e simpáticos a Sergio Moro avaliam que a declaração de Jair Bolsonaro ontem, confirmando a intenção de indicá-lo para o STF, mais atrapalha que ajuda a aprovação de seu nome no futuro — a próxima vaga será aberta em novembro de 2020.
“A estratégia política não foi a correta. Não precisava se antecipar tanto. Só enfraquece o ministro”, disse um membro da comissão. “Foi fora de hora, apesar de todo mundo saber que o caminho do Moro era esse”, disse outro integrante a O Antagonista.
Toda indicação ao STF passa primeiro pelo crivo da CCJ, que sabatina e aprova o nome da pessoa escolhida pelo presidente.
Em geral, o Executivo anuncia o indicado e combina com os senadores uma data próxima para a votação de seu nome, de modo que ele possa se concentrar em visitar os gabinetes e se apresentar para conquistar apoio.
No caso de Moro, a confirmação de sua indicação, com um ano e meio de antecedência, deixa o ministro vulnerável a mais tempo a ataques e críticas. Especialmente agora, quando se esforça para aprovar o pacote anticrime e corre sério risco de perder o comando sobre o Coaf.
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