O Comentarista: A realidade que inspirou ‘O Mecanismo’ – Parte 1
A segunda temporada da série O Mecanismo estreou nesta sexta (10) na Netflix. Desta vez, o diretor José Padilha usou ainda mais da liberdade criativa em relação aos fatos da Operação Lava Jato. Mas muitos elementos, personagens e até números (como anos de prisão) são os mesmos do mundo real...
A segunda temporada da série O Mecanismo estreou nesta sexta (10) na Netflix. Desta vez, o diretor José Padilha usou ainda mais da liberdade criativa em relação aos fatos da Operação Lava Jato.
Mas muitos elementos, personagens e até números (como anos de prisão) são os mesmos do mundo real. O Comentarista mostra o que é realidade e ficção nos principais elementos dos episódios 1 a 4 da segunda temporada.
S2:E1 – De onde vem a Lama?
Na série: O ex-policial Marco Ruffo é perseguido por espiões da Krug, uma empresa particular de inteligência. A iniciativa parte do empresário Ricardo Brecht, que contrata a Krug para espionar os policiais da Lava Jato e descobrir “vísceras”.
Na vida real: Uma suposta espionagem da Kroll durante a Lava Jato foi investigada em várias ocasiões. Em outubro de 2015, O Globo publicou que “a Inteligência da Polícia Federal está investigando se ministros de Dilma Rousseff e agentes da Lava Jato na PF e no Ministério Público Federal foram espionados nos últimos meses (…) Chamou a atenção da PF que a empresa de espionagem Kroll estivesse contratada naquele mesmo período pela Câmara, no âmbito da CPI da Petrobras”.
Em seu acordo de delação premiada, Marcelo Odebrecht contou que Eduardo Cunha apresentou a proposta de contratação da Kroll para localizar “inconsistências” nas delações de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. A Kroll foi usada para vasculhar contas bancárias e patrimônio no exterior de 12 delatores da Lava Jato.
Na série: A secretária Maria Tereza, da Miller & Brecht, é peça-chave na investigação por ter uma valiosa agenda. Ela conta que gerenciava pagamentos de propina e só cuidava dos pagamentos dentro do Brasil.
Na vida real: A secretária Maria Lúcia Tavares revelou a existência do hoje famoso Departamento de Operações Estruturadas (propina) dentro da Odebrecht. Assim como sua contraparte na série, ela enfatizou que só cuidava dos pagamentos nacionais.
Na série: Uma lista com codinomes como Gata, Gogó, Timão, Pão de Queijo, Transilvânia, Tagarela e Dumbo está nas anotações de Maria Tereza.
Na vida real: Os codinomes na lista da Odebrecht incluíam Avião, Boca Mole, Botafogo, Mineirinho, Soneca, Maçaranduba e muitos outros.
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