Procurador denuncia como “tentativa de censura” parecer contra a sua indicação para a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos políticos
No Twitter, o procurador Ailton Benedito de Souza, do Ministério Público Federal em Goiás, denuncia como "tentativa de censura" um parecer de Deborah Duprat, da Procuradoria dos Direitos do Cidadão, encaminhado ao Conselho Superior Superior do MPF, contra o convite da ministra Damares Alves para ele integrar a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos...
No Twitter, o procurador Ailton Benedito de Souza, do Ministério Público Federal em Goiás, denuncia como “tentativa de censura” um parecer de Deborah Duprat, da Procuradoria dos Direitos do Cidadão, encaminhado ao Conselho Superior Superior do MPF, contra a convite da ministra Damares Alves para ele integrar a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
O Antagonista teve acesso à resposta de Ailton Benedito ao parecer. Num trecho, ele aponta que a Procuradora dos Direitos do Cidadão, em 2018, encaminhou um ofício a reitores de universidades e institutos federais, solicitando informações “sobre a existência de homenagens concedidas a quaisquer dos 377 autores de graves violações de direitos humanos praticados durante a ditadura”.
Diante dessa iniciativa, Ailton, pediu que as instituições de Goiás encaminhassem, “além dos elementos solicitados pela procuradora, informações sobre homenagens concedidas a: Adolf Hitler, Kim II-Sung, Muamar Al-Gaddafi, Francisco Franco, Augusto Pinochet, Josef Stalin, Kim Jong-II, Slobodan Milosevic, Omar Al-Bashir, Mao Tsé-Tung, Vladimir Lenin, Robert Mugabe, Benito Mussolini, Saddam Hussein, Pol Pot, Getúlio Vargas, Fidel Castro, Ernesto Che Guevara, Raul Castro, Hugo Chávez, Nicolás Maduro”.
Segundo o procurador, ela teria tentado desqualificá-lo por causa disso. Porém, “a bem da verdade, consegue resultado contrário do seu desiderato, à proporção que traz à baila minha atuação funcional voltada a impedir que instituições de ensino federais em Goiás promovessem qualquer tipo de homenagem a ditadores genocidas responsáveis pelas piores ditaduras dos séculos XX e XXI, independentemente da coloração ideológica”.
Ele alega também que, ao citar tuítes seus como prova de sua parcialidade em relação ao regime de 1964, a procuradora cria “requisitos ideológicos e, consequentemente ilegais para integrantes” da Comissão e ataca a sua liberdade de expressão.
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