“Se jogar duro, será a última vez que poderá fazê-lo”, diz Trump sobre Maduro
Casa Branca amplia pressão sobre o regime chavista e fala em uso do petróleo apreendido para reservas estratégicas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto), afirmou nesta segunda-feira, 22, que seria “inteligente” por parte do ditador Nicolás Maduro deixar a Venezuela.
“Se ele jogar duro, será a última vez que poderá fazê-lo”, disse.
Questionado sobre se a política de Washington tem como objetivo derrubar Maduro, o presidente americano respondeu que “isso depende dele, do que ele quer fazer”, mas voltou a advertir que haverá “consequências graves e duradouras” caso o chefe do regime venezuelano opte por resistir.
Trump também anunciou que o governo americano ficará com os navios apreendidos nas últimas semanas e com o petróleo que eles transportavam.
“Vamos ficar com ele. Podemos usá-lo para reservas estratégicas, e também ficaremos com os navios”, disse.
Entre as cargas confiscadas, segundo o próprio presidente, está uma embarcação que transportava 1,9 milhão de barris de petróleo bruto venezuelano, apreendida em 10 de dezembro, informação detalhada por Trump durante a mesma coletiva de imprensa.
Bloqueio a petroleiros na Venezuela
Trump anunciou na terça-feira, 16, a imposição de um “bloqueio total e completo” a petroleiros que violassem as sanções comerciais dos EUA, tanto na chegada quanto na partida da Venezuela.
A decisão americana visa aumentar a pressão contra o regime.
Em resposta à decisão do presidente americano, Maduro ordenou a mobilização da Marinha da Venezuela para acompanhar navios-tanque que transportam petróleo e seus derivados.
Maduro conversou por telefone com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para denunciar o que chamou de “escalada de ameaças” após o anúncio do bloqueio.
O ministério venezuelano das Relações Exteriores divulgou uma nota, criticando as declarações de Trump de que o petróleo e o território venezuelanos pertenceriam aos EUA. Maduro afirmou que tais declarações “devem ser categoricamente rejeitadas pelo sistema das Organizações das Nações Unidas, pois constituem uma ameaça direta à soberania, ao direito internacional e à paz”.
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