“Os R$ 129 milhões eram para pagar o serviço de quem?”, questiona TI
ONG critica contatos de Moraes com o presidente do BC para tratar de assuntos do Banco Master
A ONG Transparência Internacional – Brasil reagiu à informação publicada pela coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) teria procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pelo menos quatro vezes para interceder pelo Banco Master.
Segundo a reportagem, Moraes discutiu os problemas do banco de Daniel Vorcaro e buscou informações sobre o andamento da operação de venda do Master para o Banco Regional de Brasília (BRB).
A organização questionou o fato de que a interlocução com o Banco Central teria sido feita pelo próprio ministro, e não por sua esposa, Viviane Barci de Moraes. Como mostramos, ela tinha um contrato com o banco de Vorcaro no valor aproximado de 130 milhões de reais.
“Se não há registro de atuação de Viviane Barci junto ao BC, mas era o min. Moraes que intercedia diretamente com Galípolo por Vorcaro, os 129 milhões eram para pagar o serviço de quem? O que já era extremamente grave se tornou insustentável”, questionou no X.
Ainda de acordo com o jornal, o próprio Moraes solicitou a Galípolo que fosse aprovada a venda do Master para o BRB. A operação, depois, foi alvo de uma operação da Polícia Federal por indícios de fraudes.
Pedido de impeachment
O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) estão se mobilizando para apresentar de um novo pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
“Eu e o senador Eduardo Girão estamos coletando assinaturas de colegas parlamentares para protocolar um novo pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes bem como uma notícia-crime ao Ministério Público Federal.
Diante das novas revelações de que o Ministro do STF praticou advocacia administrativa junto ao Banco Central em favor do Banco Master, com quem sua esposa Viviane Barci de Moraes tem contrato de quase 130 milhões de reais, nossa responsabilidade como fiscais do poder público é inescapável.
Já recebemos manifestações de dezenas de colegas querendo assinar as peças a serem protocoladas e estamos considerando a possibilidade de abri-las para assinatura também de quaisquer cidadãos, direito preconizado pela Constituição que o ministro Gilmar Mendes tentou, na canetada monocrática, abolir antes de voltar atrás diante da pressão popular.”
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