Luciano Huck é acusado de plágio e sofre processo
O apresentador é apontado em processo judicial como envolvido em plágio e uso indevido de conteúdo intelectual
A discussão sobre direitos autorais e plágio no audiovisual continua em destaque, especialmente quando envolve figuras públicas como Luciano Huck e produções de grande alcance, como o filme Na Quebrada.
Luciano Huck é acusado de plágio no filme Na Quebrada
O apresentador Luciano Huck é apontado em processo judicial como envolvido em plágio e uso indevido de conteúdo intelectual relacionado ao longa Na Quebrada.
A ação foi proposta por Nelson Manoel, que pede cerca de R$ 300 mil em indenizações por danos morais e materiais.
Trata-se de uma Ação Declaratória de Reconhecimento de Propriedade Intelectual, na qual o autor afirma que o enredo do filme se baseia em sua trajetória pessoal.
Segundo ele, a narrativa teria sido apropriada sem sua autorização nem reconhecimento de autoria.
Quais elementos da história de Nelson Manoel teriam sido usados no filme
Nos autos, Nelson Manoel sustenta que o filme reproduz aspectos específicos de sua vida em comunidades periféricas, conflitos familiares e desafios da juventude.
Ele também aponta o papel transformador do contato com o cinema em sua formação, elemento que considera central em sua biografia.
O autor afirma que esses relatos foram compartilhados em ambiente educacional e de confiança, supostamente em oficinas ligadas ao audiovisual.
Para ele, não se trata apenas de inspiração genérica, mas de reprodução direta de situações íntimas usadas como base para o roteiro.
Confira o trailer oficial do filme “Na Quebrada”:
Como surgiu a conexão entre Instituto Criar, Fernando Grostein Andrade e Na Quebrada
O processo destaca a relação entre o filme, o diretor Fernando Grostein Andrade, irmão de Luciano Huck, e o Instituto Criar, fundado pelo apresentador.
Em entrevistas de 2014, o diretor afirmou que a obra foi inspirada em histórias de jovens atendidos pelo instituto.
Nelson Manoel diz ter sido um desses alunos e alega que sua história foi usada de forma predominante no longa.
Segundo ele, não houve contrato de cessão de direitos, e, embora o filme tenha gerado exploração econômica, sua contrapartida teria se limitado a brindes simbólicos.
Quais pontos o Judiciário analisa em acusações de plágio no audiovisual
Em casos como o de Na Quebrada, os tribunais avaliam se houve uso indevido de obra protegida e se a narrativa de vida foi apropriada além do limite da inspiração.
A distinção entre fatos comuns a uma realidade social e experiências altamente individualizadas é um aspecto central.
Para orientar essa análise, a Justiça costuma considerar alguns critérios objetivos e recorrentes ao examinar a possível violação de direitos autorais:
- Grau de semelhança entre a história alegada e o enredo final do filme;
- Prova de acesso prévio dos réus ao conteúdo do autor;
- Existência ou não de contratos de cessão ou autorizações por escrito;
- Originalidade e individualização da narrativa autobiográfica;
- Registros prévios de roteiros, textos, sinopses ou materiais relacionados.
Quais são as possíveis consequências jurídicas e práticas desse tipo de processo
Acusações de plágio podem gerar impactos financeiros, de imagem e profissionais para apresentadores, diretores, produtoras e instituições envolvidas.
As decisões judiciais costumam abordar tanto a responsabilidade pelo uso da narrativa quanto a forma de exploração futura da obra.
Entre as consequências mais frequentes estão pedidos de indenização por danos materiais e morais, reconhecimento de autoria, inclusão de créditos e ajustes em contratos.
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