Arábia Saudita criou um rio subterrâneo de água salgada sob o deserto

20.12.2025

logo-crusoe-new
O Antagonista

Arábia Saudita criou um rio subterrâneo de água salgada sob o deserto

avatar
Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 18.12.2025 15:42 comentários
Tecnologia

Arábia Saudita criou um rio subterrâneo de água salgada sob o deserto

Em pleno deserto, a Arábia Saudita criou um verdadeiro rio subterrâneo de água salgada, uma verdadeira rede de tubulações enterradas.

avatar
Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 18.12.2025 15:42 comentários 0
Arábia Saudita criou um rio subterrâneo de água salgada sob o deserto
Arábia Saudita criou um rio subterrâneo de água salgada sob o deserto (Imagem ilustrativa)

Em pleno deserto, a Arábia Saudita criou um verdadeiro rio subterrâneo de água salgada, uma rede de tubulações enterradas que transporta a salmoura resultante da dessalinização.

O objetivo é reduzir os impactos ambientais, ao mesmo tempo que ajuda a garantir água em uma das regiões mais secas do planeta.

Como funciona o rio subterrâneo de salmoura no deserto saudita

O chamado “rio subterrâneo Arábia Saudita” é uma rede de cerca de 14 mil km de tubulações que leva água salgada concentrada para o subsolo do deserto.

Essa estrutura fica enterrada sob a areia, o que reduz perdas por evaporação em temperaturas que passam de 50 ºC.

Em vez de lançar a salmoura no Mar Vermelho ou no Golfo Pérsico, o sistema bombeia milhões de litros por dia para o interior do país.

Assim, diminui o risco de danos aos ecossistemas marinhos e permite uma gestão mais controlada do resíduo da dessalinização.

Por que a Arábia Saudita depende tanto da dessalinização e desse sistema

A Arábia Saudita não possui rios naturais e registra chuvas muito escassas, contando com 522 barragens capazes de armazenar cerca de 2,46 trilhões de litros.

Mesmo assim, o volume não atende plenamente cidades, agricultura e indústria em cenário de aquecimento global. Durante décadas, o país explorou aquíferos fósseis estimados em cerca de 98 trilhões de litros, agora em rápido declínio.

Nesse contexto, a dessalinização no deserto tornou-se essencial, e o rio subterrâneo de salmoura surgiu como solução para lidar com o grande volume de resíduo gerado.

Como a dessalinização alimenta o rio subterrâneo de salmoura

Líder mundial em dessalinização, a Arábia Saudita possui cerca de 43 usinas, incluindo Ras Al-Khair, que pode produzir cerca de 3 bilhões de litros de água potável por dia.

O processo retira o sal da água do mar, gerando uma salmoura concentrada e rica em produtos químicos.

Essa salmoura é transportada pelo rio subterrâneo de água salgada, que cruza montanhas de granito, dunas e áreas remotas, integrando-se a uma infraestrutura nacional de cerca de 125 mil km de rede hídrica.

O sistema reduz impactos costeiros e abre caminho para um controle mais rigoroso do ciclo da água.

Leia também: Maior predador das águas Sul-Americanas retorna após 40 anos

Quais são os principais desafios e características da engenharia subterrânea

Construir esse “rio” em um dos desertos mais quentes do mundo exigiu superar perfurações em rochas duras, tempestades de areia e condições extremas de operação.

Para visualizar melhor a dimensão e as funções desse megaprojeto, alguns pontos se destacam na infraestrutura construída sob a areia.

  • Extensão da rede: cerca de 14 mil km dedicados à salmoura subterrânea.
  • Integração nacional: parte de um sistema hídrico com mais de 125 mil km de tubulações.
  • Temperaturas extremas: operação em áreas que podem ultrapassar 50 ºC na superfície.
  • Proteção ambiental: menor risco de salinização excessiva em zonas costeiras e recifes de coral.
  • Operação contínua: suporte a usinas de dessalinização que funcionam praticamente sem pausa.

Como o rio subterrâneo se conecta à Saudi Green Initiative

rio subterrâneo Arábia Saudita integra a Saudi Green Initiative, que prevê o plantio de cerca de 10 bilhões de árvores em aproximadamente 74 milhões de hectares.

A meta é reduzir temperaturas em grandes cidades, como Riad, em até 2,2 ºC e diminuir em cerca de 20% a concentração de poluentes como o PM2.5.

Com mais sombra, solos menos degradados e uso estratégico da água, o país busca melhorar a segurança alimentar, a qualidade do ar e o conforto urbano.

Projetos como esse mostram como a crise hídrica no Oriente Médio acelera soluções que parecem ficção científica, mas já estão em plena operação no deserto.

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

As justificativas de Moraes para negar domiciliar a Bolsonaro

Visualizar notícia
2

A liberação dos arquivos de Epstein

Visualizar notícia
3

Crusoé: O “lapso” de Sóstenes sobre R$ 400 mil

Visualizar notícia
4

Moraes autoriza cirurgia e nega prisão domiciliar a Bolsonaro

Visualizar notícia
5

Laudo da PF aponta necessidade de cirurgia “o mais breve possível” em Bolsonaro

Visualizar notícia
6

Cineastas repudiam ataques contra Wagner Moura por críticas ao governo

Visualizar notícia
7

Crusoé: O melhor (e o pior) prefeito de capital, segundo a AtlasIntel

Visualizar notícia
8

“Nosso projeto é São Paulo”, diz Tarcísio

Visualizar notícia
9

Relator de CPMI do INSS pede a convocação do filho do Lula

Visualizar notícia
10

Sóstenes diz ser alvo de “perseguição” e que R$ 400 mil achados são “lícitos”

Visualizar notícia
1

Sóstenes diz ser alvo de "perseguição" e que R$ 400 mil achados são "lícitos"

Visualizar notícia
2

Malafaia sai em defesa de Sóstenes após operação

Visualizar notícia
3

"Mais do que nunca, o Parlamento brasileiro precisa estar unido", diz Alcolumbre

Visualizar notícia
4

Relator de CPMI do INSS pede a convocação do filho do Lula

Visualizar notícia
5

Decisão de cassar Ramagem foi para "evitar estresse institucional" com STF, diz Motta

Visualizar notícia
6

Comissão do Congresso aprova Orçamento de 2026 com R$ 61 bilhões em emendas

Visualizar notícia
7

Crusoé: Sóstenes declarou R$ 4,9 mil em bens na última eleição

Visualizar notícia
8

Moraes rejeita embargos infringentes de Bolsonaro

Visualizar notícia
9

Fachin menciona código de conduta para o STF ao fechar 2025

Visualizar notícia
10

Crusoé: O melhor (e o pior) prefeito de capital, segundo a AtlasIntel

Visualizar notícia
1

Leonardo Barreto na Crusoé: Uma coisa é o que se quer, outra é o que se pode

Visualizar notícia
2

Horóscopo do dia: previsão para os 12 signos em 20/12/2025

Visualizar notícia
3

Código de conduta para o STF vai sair do papel?

Visualizar notícia
4

As diferenças entre o Missão e o Novo, segundo Renan Santos

Visualizar notícia
5

As justificativas de Moraes para negar domiciliar a Bolsonaro

Visualizar notícia
6

Os detalhes da operação que mirou bolsonaristas

Visualizar notícia
7

Putin promete não atacar a Europa – se for tratado com respeito

Visualizar notícia
8

Moraes autoriza cirurgia e nega prisão domiciliar a Bolsonaro

Visualizar notícia
9

A liberação dos arquivos de Epstein

Visualizar notícia
10

Cineastas repudiam ataques contra Wagner Moura por críticas ao governo

Visualizar notícia

Tags relacionadas

Arábia Saudita construção engenharia rio subterrâneo
< Notícia Anterior

Um samba-enredo para a mãe de Lula?

18.12.2025 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Moraes autoriza visitação permanente de Michelle a Bolsonaro

18.12.2025 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.