Flávio Bolsonaro: “Eu tenho um preço para não ir até o fim”
Ao deixar culto em Brasília, senador admite que pode abandonar candidatura, mas apenas mediante um “preço”
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez neste domingo, 7, sua primeira aparição pública desde que anunciou, na sexta-feira, a pré-candidatura à Presidência. Ao deixar um culto em Brasília, ele admitiu que pode abandonar a disputa, mas apenas mediante um “preço”. O senador, no entanto, evitou detalhar qual seria essa contrapartida.
“Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para não ir até o fim. Eu vou negociar”, disse.
Questionado se esse preço envolveria a votação da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, respondeu: “Está quente”.
Flávio afirmou que revelará os termos da negociação “amanhã”, embora tenha indicado que a pauta da anistia segue como prioridade.
Segundo ele, os presidentes da Câmara e do Senado teriam prometido, no passado, colocar o tema em votação.
“Espero que cumpram aquilo que eles prometeram”, disse.
O senador afirmou ainda que a decisão de se lançar ao Planalto foi tomada após conversas com o pai, Jair Bolsonaro, que cumpre pena na sede da Polícia Federal.
Flávio disse que vinha sendo sondado “há bastante tempo” e que o anúncio só ocorreu quando o ex-presidente se sentiu “confortável” para autorizar.
Culto em Brasília
A primeira agenda pública do pré-candidato foi um culto evangélico na Comunidade das Nações, igreja frequentada por ele em uma região nobre de Brasília.
A cerimônia foi conduzida pelo pastor Pedro Leite, indicado como o líder espiritual preferido de Flávio.
Durante a chegada, o senador brincou com os jornalistas convidados pela própria assessoria. “Estamos até convertendo a imprensa”, disse.
Flávio levantou as mãos durante um momento da pregação em que o pastor pediu que se manifestassem os fiéis que teriam sido alcançados pelo “favor de Deus”.
Parte do Centrão avalia a pré-candidatura como um “balão de ensaio” do ex-presidente. Líderes políticos veem resistência ao nome de Flávio e preveem isolamento, enquanto governadores como Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) mantêm suas próprias pré-candidaturas.
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Comentários (6)
Nina de Paula Brito de Miranda
08.12.2025 08:35Ninguém está com medinho da candidatura de Flávio Bolsonaro, com alto índice de rejeição. Não há transferência de votos para ele. Seu preço de mercado é irrisório e a candidatura irrelevante.
Edmilson Siqueira
07.12.2025 18:50Estão dando a Bolsonaro um tino político que ele jamais teve e nem terá, ignorante que é. Essa jogada deve ter partido do próprio Flávio para negociar depois a anistia com Tarcísio ou outro. Tem cara de ser a última cartada pra tentar livrar o genocida da cana.
Luiz Filho
07.12.2025 15:12Tem preço ou apenas um %? Será que o rachadinha tem esperança na reeleição? Só se estiver contando com os eleitores burros do rj.
Sandra
07.12.2025 15:02Se não pagarem o preço ele não pode simplesmente voltar atrás, e agora que viu que vai ser derrotado nas urnas quer um desculpa pra tentar se manter ao menos como senador; se é que consegue continuar na política com votos.
Clayton De Souza pontes
07.12.2025 14:40O Jair queria detonar com o Flávio, por isso o indicou e todas as tramoias dele voltaram ao noticiário
Fabio B
07.12.2025 14:27Como assim abandonar? O Lula quer você como adversário, ladrão rachador!