Militares no comando
O recuo de Jair Bolsonaro sobre a embaixada brasileira em Israel mostra que os militares estão enquadrando o governo...
O recuo de Jair Bolsonaro sobre a embaixada brasileira em Israel mostra que os militares estão enquadrando o governo.
Acompanhe:
– Em 1 de novembro de 2018, o presidente garantiu que a embaixada seria transferida para Jerusalém.
– Em 8 de novembro, os generais o aconselharam a recuar.
– No dia seguinte, Jair Bolsonaro afirmou:
“Quem decide a capital de Israel é Israel. O Brasil não mudou a capital do Rio para Brasília? Vamos parar com essa frescura!”
– Em 11 de janeiro, a Crusoé publicou que a questão da embaixada havia sido colocada em banho-maria.
– Em 22 de janeiro, o general Hamilton Mourão se reuniu com o embaixador palestino e disse que nada havia sido decidido sobre o assunto.
– Uma semana depois, Olavo de Carvalho atacou o vice-presidente:
“Enquanto os israelenses estavam socorrendo as vítimas da tragédia de Brumadinho, o Mourão estava trocando beijinhos com a delegação palestina, prometendo que a nossa embaixada NÃO vai mudar para Jerusalém.”
– Em 1 de fevereiro, o general Hamilton Mourão admitiu a possibilidade de imitar a Austrália, que reconheceu apenas Jerusalém Ocidental como capital de Israel:
“Eu sou conservador. Por mim, a embaixada fica onde está. Mas Jerusalém Ocidental é uma linha de ação que seria aceita, que seria bem viável.”
– Agora Jair Bolsonaro se limitou a anunciar a abertura de um escritório comercial em Jerusalém, adiando por tempo indeterminado o assunto da embaixada.
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