O STF e o ‘prêmio’ para investigados por corrupção
O caso que será julgado na quarta-feira no plenário do STF e pode definir o passado e o futuro da Lava Jato é um inquérito sobre o deputado federal Pedro Paulo, do MDB do Rio de Janeiro, que apura suspeitas de caixa dois, corrupção e evasão de divisas em 2012, na campanha que elegeu Eduardo Paes, na época prefeito do Rio de Janeiro...
O caso que será julgado na quarta-feira no plenário do STF e pode definir o passado e o futuro da Lava Jato é um inquérito sobre o deputado federal Pedro Paulo, do MDB do Rio de Janeiro, que apura suspeitas de caixa dois, corrupção e evasão de divisas em 2012, na campanha que elegeu Eduardo Paes, na época prefeito do Rio de Janeiro.
O procurador Deltan Dallagnol diz que para os envolvidos nesses tipos de crimes “seria realmente um prêmio” o Supremo enviar os processos para a Justiça Eleitoral.
“A defesa dessas pessoas afirma que o crime é de caixa dois justamente para tirar o foco da corrupção, deslocar o caso para a Justiça Eleitoral e, assim, diminuir as chances de êxito da investigação ou de condenação a uma pena séria”, alerta o coordenador da força-tarefa da Lava Jato.
Para o procurador Júlio Noronha, “o julgamento será decisivo para aquilo que se fez, se faz e será feito dentro da Lava Jato”.
“Caso o STF entenda que o julgamento de crimes complexos como corrupção e lavagem de dinheiro devem ir para a Justiça Eleitoral, estará nas mãos dos criminosos a possibilidade de apagar o que a Operação fez perante a Justiça Federal e o que poderia ainda fazer. Não parece ser esse o desejo da sociedade, que certamente espera que a mais alta Corte de Justiça do país não enfraqueça o sistema anticorrupção.”
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